Maputo com câmaras para controlar velocidade e infrações no trânsito
Uma doação do Governo da Coreia do Sul permitiu a instalação de câmaras para fiscalização digital do trânsito na cidade de Maputo, capital moçambicana, como parte da iniciativa para melhor a segurança rodoviária, foi hoje anunciado.
O financiamento de cerca de 7 milhões de dólares (6,6 milhões de euros), a título de donativo, foi atribuído ao Governo de Moçambique através da Agência de Cooperação Internacional da Coreia (Koica) para a implementação do “Projeto de Melhoramento da Segurança Rodoviária e Capacitação Institucional”.
“O sistema de monitoramento de infrações introduzido neste projeto não apenas facilita o cumprimento da lei, mas também reforça a necessidade de responsabilidade no uso das vias, ao mesmo tempo que desafia os agentes de fiscalização rodoviária a serem mais íntegros e transparentes”, refere-se numa nota do Ministério dos Transportes e Comunicações de Moçambique.
Segundo o ministério, estão a funcionar desde segunda-feira as novas infraestruturas construídas no âmbito do projeto da segurança rodoviária, entre as quais constam vedações de rotundas, escolas e semáforos, passadeiras, uma ponte pedonal, um centro de monitorização de contravenções rodoviária e câmaras que vão permitir “a fiscalização digital do trânsito”.
O número de óbitos em acidentes de viação em Moçambique caiu 5% no primeiro semestre, face ao mesmo período de 2023, mas ainda há, em média, dois mortos por dia nas estradas moçambicanas, indicam dados oficiais.
De acordo com um relatório do Ministério dos Transportes e Comunicações, registaram-se 310 acidentes de viação nos primeiros seis meses do ano, contra 357 no mesmo período do ano passado, uma redução de 13%.
Estes acidentes causaram 366 mortos contra 387 em 2023 (-5%), e 271 feridos graves, menos 8% em termos homólogos.
Nos primeiros seis meses deste ano, as estradas da província de Inhambane e Gaza (sul) foram as mais mortíferas, com 55 e 46 mortos, respetivamente, seguidas de Nampula (45), no norte, e da cidade de Maputo (43).
LYCE // VM
By Impala News / Lusa
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