Em declarações aos jornalistas no Ministério da Defesa Nacional, Nuno Melo destacou o “trabalho extraordinário da Polícia Judiciária, a par da Marinha Portuguesa e da Força Aérea” que “permitiu a apreensão de mais 6,5 toneladas de cocaína”.

“Não poderia deixar de, a esse propósito, chamar a atenção para a importância também das Forças Armadas em tempo de paz”, disse.

Para o ministro, “esta é uma operação que mostra a excelência da Polícia Judiciária na coordenação de toda a investigação que leva a esta apreensão, mas também uma cooperação que é inexcedível e virtuosa com as Forças Armadas”.

“E foi deste esforço conjugado que se conseguiu o sucesso de uma operação que, pelos números, fala por si e também pelo caráter inédito dos dispositivos utilizados”, destacou.

Segundo Nuno Melo, é bom que os portugueses tenham noção que “em tempos de paz as Forças Armadas não estão fechadas em quartéis” e estão empenhadas em muitas ações, entre as quais “o combate à criminalidade altamente sofisticada, utilizando meios que não são apenas pensados para a guerra”.

Deixando um “palavra de grande apreço” aos responsáveis máximos da PJ, da Marinha e da Força Aérea, o ministro considerou que esta operação “mostra a importância da cooperação internacional na investigação e no combate à criminalidade, mas também no plano interno da cooperação”.

“Este é um sucesso que, através de Portugal, tem uma dimensão internacional”, elogiou.

Para o ministro, “a Defesa Nacional foi trazida para a linha da frente das preocupações da política”.

“Hoje de resto, o Diário de Notícias mostra um gráfico muito interessante, que ajuda a perceber como, ao longo dos últimos anos, o desinvestimento nas Forças Armadas foi quase constante, e houve um grande desfazamento entre as previsões de investimento e aquilo que realmente foi aplicado nas Forças Armadas”, referiu.

Nuno Melo apontou que em 2024 “esse ciclo foi invertido de forma radical”, apontando esse investimento como “uma das grandes notas de muito sucesso da governação em 11 meses”.

A Polícia Judiciária classificou hoje como “um rude golpe numa organização criminosa” a operação Nautilus, que resultou na apreensão de sete toneladas de droga e na detenção de cinco suspeitos, num submarino, a 500 milhas dos Açores.

Os suspeitos, com três nacionalidades diferentes (Brasil, Colômbia e Espanha) deverão ser presentes a um juiz de instrução criminal na quarta-feira, em Lisboa, indicou o diretor nacional da PJ, Luís Neves, em conferência de imprensa conjunta com os responsáveis das várias forças envolvidas, incluindo a Guardia Civil de Espanha.

 

JF (AH) // JPS

By Impala News / Lusa

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