Menos de três milhões de desempregados em Espanha em maio pela primeira vez desde 2008
O número de desempregados ficou abaixo dos três milhões em Espanha em maio pela primeira vez desde 2008, graças a um forte aumento da criação de emprego, de acordo com os números divulgados hoje pelo Governo espanhol.
O número de desempregados ficou abaixo dos três milhões em Espanha em maio pela primeira vez desde 2008, graças a um forte aumento da criação de emprego, de acordo com os números divulgados hoje pelo Governo espanhol. Segundo o ministério do Trabalho espanhol, 2,92 milhões de pessoas estavam oficialmente à procura de trabalho no final de maio, menos 99.512 do que no final do mês anterior (-3,3%).
“Este é o valor mais baixo desde novembro de 2008”, ou seja, desde o “início da crise financeira internacional”, disse o ministério, salientando que esta melhoria tinha tido lugar apesar de um “contexto de grande incerteza internacional” ligado em particular à guerra na Ucrânia.
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Segundo o Governo, a queda foi mesmo de 22,7% durante um ano, com menos 858.259 desempregados. “O emprego estável e de qualidade está a crescer […] Estamos a fazer progressos. Em igualdade de oportunidades e justiça social”, disse no Twitter o chefe do Governo de esquerda, Pedro Sanchez.
Esta boa dinâmica explica-se por um forte aumento da criação de empregos, especialmente nos contratos permanentes: 730.427 contratos permanentes foram assinados em maio, o número mais elevado de sempre. O desemprego caiu particularmente entre os menores de 25 anos (-9,9% durante um mês), e em menor medida entre as mulheres (-2,65%).
Estes números foram anunciados numa altura em que o Governo do primeiro-ministro socialista Pedro Sanchez adotou uma vasta reforma do mercado de trabalho no início de 2022, considerada como a mais importante da legislatura, a fim de reduzir a precariedade. Este texto, que visava inverter uma reforma adotada pelo Partido Popular de direita em 2012, restringiu as possibilidades de contratação em contratos a termo certo, tornando o contrato permanente “a regra e já não a exceção”. Também limitou a utilização de subcontratação por empresas espanholas.
A Espanha foi uma das economias ocidentais mais afetadas pelas consequências económicas da pandemia de covid-19 em 2020, com uma queda de 10,8% do Produto Interno Bruto (PIB), devido à forte dependência do turismo. Meio milhão de pessoas tinham perdido os seus empregos até 2020 no país, que tem uma das mais elevadas taxas de desemprego da OCDE.
MC // JNM
By Impala News / Lusa
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