Migrações: Grécia retira ajuda a milhares de refugiados oficialmente reconhecidos
Milhares de refugiados com estatuto reconhecido na Grécia ficaram sem ajudas do Estado devido à suspensão do único programa oficial de apoio e integração em vigor no país, denunciou hoje a organização não-governamental (ONG) grega Refugee Support Agean (RSA).
O programa referido pela ONG é o projeto “Apoio de integração helénico para beneficiários de proteção internacional” (HELIOS, na sigla em inglês), que desde 2019 ajudou mais de 45.000 refugiados a garantir alojamento subsidiado e a receber aconselhamento laboral e aulas de grego.
Segundo os ‘media’ locais, cerca de 4.000 beneficiários arriscam ficar desalojados, enquanto perto de 500 refugiados que garantiram emprego no âmbito deste programa podem perder os postos de trabalho.
Em finais de 2023, a Organização Internacional para as Migrações (OIM), responsável pela aplicação do projeto, anunciou que todos os serviços HELIOS seriam suspensos a partir do início do corrente mês de janeiro “devido à interrupção do financiamento” por parte do Ministério da Migração e Asilo grego.
A RSA referiu hoje que desde outubro passado foram interrompidas várias ajudas concedidas ao programa, incluindo subsídios de habitação e cursos de integração, enquanto eram rejeitados novos registos de refugiados reconhecidos pelas autoridades “devido a repetidas interrupções de financiamento” por parte do Estado grego.
A vice-ministra da Migração e Asilo, Sofia Vultepsi, reconheceu em novembro passado que “havia atrasos mas não um problema do financiamento em si” e afirmou que “nunca se discutiu o encerramento do HELIOS”.
No entanto, a partir do ano em curso, “todos os serviços do projeto” foram suspensos “até nova ordem”, indicou entretanto a OIM, sublinhando que está a fazer “todos os possíveis” para que o HELIOS volte a funcionar o mais rapidamente possível.
PCR // SCA
By Impala News / Lusa
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