Migrações: Navio espanhol “Aita Mari” chega a porto italiano com 105 pessoas a bordo

O navio espanhol humanitário “Aita Mari” chegou hoje ao porto de Trapani, na Sicília (Itália), com 105 migrantes resgatados no Mediterrâneo a bordo, após uma espera de vários dias para obter uma autorização de desembarque.

Migrações: Navio espanhol

O navio espanhol humanitário “Aita Mari” chegou hoje ao porto de Trapani, na Sicília (Itália), com 105 migrantes resgatados no Mediterrâneo a bordo, após uma espera de vários dias para obter uma autorização de desembarque. Os migrantes em questão, que viajavam numa embarcação de madeira que se encontrava à deriva, foram resgatados no passado dia 18 de outubro na zona de Salvamento e Resgate (SAR) que pertence a Malta. Após seis dias de espera, o navio da organização espanhola Salvamento Marítimo Humanitário recebeu, no domingo, a autorização do centro de coordenação de Roma para se dirigir para o porto de Trapani e para proceder posteriormente ao desembarque dos migrantes, anunciou a estrutura humanitária.

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Num vídeo divulgado nas redes sociais, o coordenador da organização não-governamental (ONG) espanhola, Iñigo Mijangos, explicou que a tripulação do “Aita Mari” está à espera dos resultados dos testes médicos realizados pelas autoridades italianas aos tripulantes e aos migrantes para iniciar o desembarque.

“Assim que tivermos os resultados, esperamos poder iniciar o desembarque destas pessoas”, acrescentou Iñigo Mijangos.

Num comunicado, divulgado no domingo, a ONG espanhola contou que muitos dos migrantes a bordo do “Aita Mari” relatavam que tinham sido sujeitos na Líbia a situações “de tortura, de extorsão e de maus-tratos”.

Nos últimos tempos, e perante a ausência de resposta por parte das autoridades de Malta aos pedidos dos navios de resgate humanitário, Itália tem assumido todo o fluxo de migrantes da rota central do Mediterrâneo, uma das rotas migratórias mais mortais, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção aos territórios italiano e maltês. Foi o caso do navio “Sea-Watch 3”, da ONG alemã Sea-Watch, que obteve, na passada sexta-feira, a autorização de Itália para atracar e desembarcar no porto de Pozzallo (Sicília) os 406 migrantes resgatados que tinha a bordo há vários dias.

 

 

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