Sete pessoas foram encontradas mortas este sábado a bordo de uma embarcação naufragada ao largo da ilha Gran Canária, Espanha, e uma oitava morreu em terra, informaram hoje os serviços de resgate de Espanha. Os ocupantes da embarcação, 62 no total, de origem magrebina, andaram à deriva durante pelo menos uma semana, indica a agência France Presse. Três dos ocupantes foram transportados para o hospital de helicóptero e vários outros foram hospitalizados depois de chegarem ao porto de Arguineguín, na Gran Canária, segundo precisaram os serviços de resgate.

A rota da África Ocidental, que atravessa o oceano Atlântico e a costa oeste de África até às Canárias, é conhecida por ser extremamente perigosa, por causa das fortes correntes marítimas. Mesmo com tais perigos, esta rota tem atraído cada vez mais migrantes, sobretudo provenientes de países da África subsaariana, que desejam chegar ao território europeu, a grande maioria a bordo de embarcações muito precárias e sobrelotadas.

Pelo menos 887 migrantes morreram, incluindo 60 crianças, ao tentar fazer a travessia marítima até às Canárias desde o início do ano, mais do dobro do número registado no mesmo período em 2020, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). De acordo com informações avançadas este sábado pela organização Maritime Salvage, 242 migrantes foram resgatados ao largo das ilhas Canárias a bordo de cinco barcos diferentes, entre sexta-feira à noite e a madrugada de sábado.

Os ocupantes dos cinco barcos, de origem magrebina e da África subsaariana, foram resgatados em locais diferentes e encaminhados para vários portos das ilhas Canárias. Pelo menos 14.720 migrantes chegaram de forma irregular às ilhas Canárias entre 01 de janeiro e 15 de outubro, quase o dobro face ao mesmo período do ano passado, de acordo com os últimos dados do Ministério do Interior espanhol.

 

 

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