Ministério Público pede quatro anos de prisão para Nicolas Sarkozy
O Ministério Público pediu quatro anos de prisão, dois com pena suspensa, para o antigo Presidente da República Francesa, Nicolas Sarkozy. Em causa estão os crimes de corrupção e tráfico de influências
O Ministério Público pediu esta terça-feira, dia 8 de dezembro, quatro anos de prisão, dois com pena suspensa, para o antigo Presidente da República Francesa, Nicolas Sarkozy. Em causa estão os crimes de corrupção e tráfico de influências, naquele que é um processo inédito em França.
A acusação indicou as mesmas penas para os coacusados, o antigo alto magistrado Gilbert Azibert e Thierry Herzog, advogado de Sarkozy. Herzog poderá ainda ficar impedido de exercer a profissão durante cinco anos.
O antigo presidente, que exerceu o cargo entre 2007 e 2012, foi julgado em conjunto com Herzog e Azibert, a quem terá prometido um posto no Conselho de Estado do Mónaco se este, então no Supremo, ajudasse no processo “caso Bettencourt“, relativo ao financiamento ilegal da campanha presidencial de 2007 por parte de Liliane Bettencourt, mulher mais rica da França e herdeira da L’Oreal.
O suposto caso de corrupção agora em julgamento foi possível devido ao registo das conversas telefónicas de Sarkozy com o seu advogado, incluídas num outro processo relacionado com um alegado financiamento da sua campanha de 2007 com dinheiro do regime líbio de Muammar Kadhafi.
Para a procuradora, Céline Guillet, a conversa mostra “de forma clara” que Sarkozy ofereceu o cargo ao ex-magistrado Azibert. “Apenas promessa claramente formulada é suficiente para caracterizar as duas ofensas [corrupção e tráfico de influências]”, disse.
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