Moçambique/Eleições: Constitucional recebe primeira candidatura de uma mulher a PR
Dorinda Catarina, do Movimento Nacional para a Recuperação da Unidade Moçambicana (Monarumo), foi hoje a primeira mulher a apresentar ao Conselho Constitucional (CC) a sua candidatura a Presidente da República nas eleições de 09 de outubro.
“A nossa candidatura surge num momento em que acreditamos que o país precisa mudar de rumo, precisa de uma liderança feminina que possa apresentar uma perspetiva alternativa para o país e sobretudo reanimar a esperança dos moçambicanos”, disse à comunicação social Dorinda Catarina Eduardo, após submeter a sua candidatura.
Dorinda Catarina é a primeira mulher a submeter a candidatura às presidenciais de outubro, de um total de cinco propostas recebidas pelo CC até ao momento, e afirma que quer mobilizar os moçambicanos para um “trabalho árduo em prol do progresso do país e bem-estar de todos”.
“Acedemos ao chamamento que o país fez e esperamos que os moçambicanos nos possam acolher e dar um voto de confiança”, disse.
A presidente do Conselho Constitucional de Moçambique assinalou a importância da pretensão de se candidatar de Dorinda Eduardo, no âmbito da emancipação e do empoderamento da mulher em Moçambique.
“As mulheres não são apenas para votar, mas também para serem votadas (…) está de parabéns por isso e auguramos que tenham sucessos nesta etapa, nesta pretensão de candidatura”, disse Lúcia Ribeiro.
Dorinda Catarina Eduardo, 51 anos, é natural de Cabo Delgado e jurista de profissão.
Pelo menos cinco pessoas submeteram as suas candidaturas à Presidência de Moçambique, entre as quais Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, e Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar.
A submissão de candidaturas às eleições gerais de 09 de outubro termina em 10 de junho.
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, ainda não apresentou no CC a candidatura de Daniel Chapo.
Chapo foi eleito, a 05 de maio, candidato da Frelimo às presidenciais de 09 de outubro pelo Comité Central do partido no poder.
As eleições presidenciais vão decorrer em simultâneo com as legislativas e eleições dos governadores e das assembleias provinciais.
O atual Presidente da República e da Frelimo, Filipe Nyusi, está constitucionalmente impedido de voltar a concorrer para o cargo, porque cumpre atualmente o segundo mandato na chefia de Estado, depois de ter sido eleito em 2015 e em 2019.
LN // MLL
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram