Motins regressam à Nova Caledónia após detenção e transferência de ativistas

Os motins na Nova Caledónia ressurgiram, com ataques às forças policiais, fogo posto e bloqueios de estradas, depois de vários ativistas pró-independência terem sido enviados para a França continental em prisão preventiva

Motins regressam à Nova Caledónia após detenção e transferência de ativistas

“A noite foi turbulenta e marcada por distúrbios em todo o território, [bem como] nas ilhas de Pins e Maré, que exigiram a intervenção de numerosos reforços”, indicou o Alto Comissariado da Nova Caledónia.

O organismo, que representa o Estado francês no território ultramarino, disse que vários incêndios foram controlados em Numéa, num comunicado publicado no portal na Internet.

As autoridades indicaram que em localidades próximas da capital, como Dumbéa ou Paita, houve ataques de fogo posto contra instalações e viaturas da polícia local e contra automóveis, bem como “abusos e destruição”.

Além disso, os bombeiros controlaram rapidamente um incêndio na Câmara Municipal de Kumac, no extremo norte da ilha principal deste arquipélago francês no Pacífico Sul. Na ilha da Maré, as forças de segurança também foram atacadas.

“A ação rápida e decisiva das autoridades e dos bombeiros permitiu restabelecer a situação em todos estes locais”, acrescentou o Alto Comissariado.

A noite de violência surgiu um dia depois de sete ativistas pró-independência da Nova Caledónia terem sido transferidos, na noite de sábado, para a França continental, onde estão em prisão preventiva a aguardar julgamento.

Estas decisões surgiram seis semanas depois do início da mais grave onda de violência na Nova Caledónia desde os anos 1980.

Instigados pela votação de uma reforma constitucional, que visava alargar o eleitorado da Nova Caledónia para as eleições provinciais previstas para o final deste ano, os tumultos causaram nove mortos, entre os quais dois agentes policiais, centenas de feridos e prejuízos estimados em 1,5 mil milhões de euros.

A reforma foi suspensa em 12 de junho pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, na sequência da dissolução do parlamento.

VQ (JH) // EJ

By Impala News / Lusa

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