NATO tem de “fazer mais” contra “delírios de grandeza” de Putin
A ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, disse hoje em Vilnius que a NATO deve “fazer mais” contra o que classificou como os “delírios de grandeza” do Presidente russo Vladimir Putin.
A ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, disse hoje em Vilnius que a NATO deve “fazer mais” contra o que classificou como os “delírios de grandeza” do Presidente russo Vladimir Putin. A governante alemã fez as declarações durante uma visita à Lituânia, onde na sexta-feira inaugurou um centro de comando que permitirá a transferência de até 5.000 soldados, ao lado do seu homólogo lituano, Arvydas Anusauskas. “Uma coisa é certa: a situação atual significa que precisamos de fazer mais juntos”, reforçou Lambrecht, enfatizando que ninguém pode “saber até onde podem ir os delírios de grandeza de Putin”, noticiou a televisão pública alemã, DW.
“A brutal guerra de agressão russa na Ucrânia está a ficar cada vez mais brutal e sem escrúpulos… A ameaça russa de armas nucleares mostra que as autoridades russas não têm escrúpulos”, acrescentou. O Presidente Vladimir Putin e outras autoridades russas aludiram em várias ocasiões às capacidades nucleares de Moscovo ao abordarem o papel dos países ocidentais relativamente ao seu apoio à Ucrânia.
A Casa Branca disse hoje que não encontra razões para alterar a estratégia nuclear dos EUA, assegurando não ter indicações de que a Rússia se prepara para recorrer ao seu arsenal nuclear. “Não temos motivos para ajustar a nossa postura nuclear estratégica, nem temos qualquer indicação de que a Rússia esteja a preparar-se para usar armas nucleares, de forma iminente”, explicou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
Este esclarecimento surge um dia depois de comentários do Presidente Joe Biden, que avisou que o mundo está a enfrentar, pela primeira vez desde a Guerra Fria, o risco de um “apocalipse nuclear”.
Nas declarações que fez hoje em Vilnius, a ministra alemã também reiterou o compromisso de Berlim de fortalecer o flanco leste da NATO. “Ouvimos as ameaças da Rússia à Lituânia, que estava a aplicar as sanções europeias na fronteira com Kaliningrado. Não são as primeiras ameaças, e devemos levá-las a sério e estar preparados”, disse ela, reforçando: “Estamos ao lado dos nossos aliados”.
A Lituânia faz fronteira com o enclave russo de Kaliningrado, bem como com a Bielorrússia, país aliado da Rússia. A Alemanha enviou os seus primeiros efetivos militares para a Lituânia em 2017 e, na sequência da invasão russa da Ucrânia, concordou em aumentar a sua missão na Lituânia.
Na sexta-feira, Lambrecht inaugurou um centro de comando alemão permanente na Lituânia. Na ocasião, disse que o centro ajudaria a mover uma brigada da NATO, composta de 3.500 a 5.000 soldados, para a Lituânia em 10 dias, se necessário.
Existem atualmente cerca de 1.600 soldados da NATO estacionados na Lituânia. “A segurança da Lituânia é a segurança da Alemanha. É com essa promessa de segurança comum que nos estamos a comprometer hoje”, disse Lambrecht na cerimónia na base militar de Rukla.
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