Nicolás Maduro diz estar a exercer a legítima defesa da Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje que o seu governo está a exercer “todas as ações de legítima defesa interna e externa” do país, e denunciou que várias pessoas, já detidas, pretendiam fazer um golpe de Estado.
“Hoje, o nosso povo hasteia o seu direito à legítima defesa constitucional da nossa democracia, das nossas instituições, da nossa Constituição e do nosso direito à paz, que é o direito ao futuro; por isso, a Venezuela está a exercer e legalmente todas as ações de legítima defesa interna e externa”, disse durante um encontro, com parlamentares.
“E, podem ter a certeza de que sairemos de esta, melhor do que em todas as batalhas anteriores. Que teremos mais paz, mais recuperação, mais crescimento e mais força como país e conseguiremos a admiração dos povos do mundo”, disse.
Sobre as detenções, explicou que durante o dia de ontem e nas primeiras horas da manhã de hoje “as capturas continuaram, porque uma cadeia leva a outra, uma informação leva a outra”.
“Há boas informações para desmantelar o que estamos a desmantelar, uma agressão mercenária estrangeira financiada pelo governo cessante dos Estados Unidos.
O Presidente da Venezuela acusou a oposição de ter cometido vários erros, o maior deles de subestimar a moral e o poder dos venezuelanos, do chavismo.
A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho de 2024, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.
A oposição venezuelana afirma que Edmundo González Urrutia (que pediu asilo político a Espanha) obteve quase 70% dos votos.
A oposição e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e têm exigido que o CNE apresente as atas de votação para uma verificação independente, algo que o Conselho ainda não fez.
Em 02 de janeiro, as autoridades venezuelanas ofereceram uma recompensa de 100.000 dólares (cerca de 97,4 mil euros) por informações sobre o paradeiro de Urrutia.
Na semana passada, Maduro avisou que o poder presidencial no país “jamais cairá nas mãos de um fantoche da oligarquia e do imperialismo”.
Na sexta-feira, o Governo venezuelano enviou 1.200 militares para todo o país para “garantir a paz” antes e durante a tomada de posse.
Nas últimas 72 horas, quinze conhecidos políticos opositores e ativistas venezuelanos foram detidos nas na Venezuela, entre eles o ex-candidato presidencial Enrique Márquez e o diretor da organização Espaço Público, denunciou hoje o Comité pela Liberdade dos Presos Políticos (CLPP).
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Lusa/Fim
By Impala News / Lusa
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