Número de mortes por fogo israelita no sul do Líbano sobe para 15

O número de mortes provocadas hoje por fogo israelita no sul do Líbano subiu para 15, havendo também a relatar quase uma centena de feridos, segundo o mais recente balanço dos confrontos elaborado pelo Ministério da Saúde libanês.

Número de mortes por fogo israelita no sul do Líbano sobe para 15

“Os ataques do inimigo israelita contra cidadãos que tentavam regressar às suas aldeias ainda sob ocupação deixaram 15 mortos, incluindo um soldado e três mulheres”, lê-se no comunicado do ministério libanês, que, num balanço anterior, dava conta de 11 mortes e de 83 feridos, indicou a agência noticiosa France-Presse (AFP).

Por seu lado, a agência noticiosa Associated Press (AP) refere que os confrontos começaram quando as forças israelitas no sul do Líbano abriram fogo contra manifestantes que exigiam a sua retirada em conformidade com o acordo de cessar-fogo.

Várias pessoas foram feridas em mais de uma dúzia de aldeias na área de fronteira.

Manifestantes, alguns deles empunhando bandeiras do Hezbollah, tentaram entrar em várias aldeias para protestar contra o facto de Israel não se ter retirado do sul do Líbano no prazo de 60 dias, que termina hoje, estipulado no acordo de cessar-fogo que pôs termo à guerra entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah, em fins de novembro.

Israel disse que precisa ficar mais tempo porque o exército libanês não foi enviado para todas as áreas do sul do Líbano para garantir que o Hezbollah não restabeleça a sua presença na área. O exército libanês disse que não pode ser enviado até que as forças israelitas se retirem.

O exército israelita responsabilizou o Hezbollah por incitar os protestos de hoje.

Nesse sentido, as Nações Unidas alertaram hoje que as condições para o regresso ao Líbano de residentes de localidades fronteiriças com Israel “ainda não estão reunidas”, no dia em que o exército israelita atacou o sul do país.

“O fogo do inimigo israelita é parte da sua contínua agressão contra cidadãos e soldados nas áreas da fronteira sul”, afirmou o exército libanês num comunicado. 

Segundo a ONU, o exército israelita destacado no setor vai manter-se na região apesar de expirar o prazo estabelecido para a sua retirada, premissa integrada no acordo de cessar-fogo com o Hezbollah. 

“Ainda não estão reunidas as condições para o regresso seguro dos cidadãos às suas aldeias ao longo da Linha Azul”, afirmaram numa declaração conjunta a representante da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, e o general Aroldo Lazaro, comandante da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL).

“As comunidades deslocadas […] são, portanto, mais uma vez chamadas a ter cautela”, acrescentaram.

 

JSD // VM

By Impala News / Lusa

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