Número de trabalhadores migrantes em Macau atinge valor mais elevado desde 2020

A região semiautónoma chinesa de Macau empregava no final de março quase 183.400 mil trabalhadores migrantes, o valor mais elevado desde junho de 2020, no início da pandemia de covid-19, foi hoje anunciado.

Número de trabalhadores migrantes em Macau atinge valor mais elevado desde 2020

Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, divulgados pela Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais, este número representa um crescimento de quase 3.900 nos últimos 12 meses.

Os trabalhadores sem estatuto de residente aumentaram em quase 31.500 desde janeiro de 2023, quando acabou o fim da política ‘zero covid’, que esteve em vigor em Macau e na China continental durante quase mais de três anos.

Nesse mês, a mão-de-obra vinda do exterior, incluindo da China continental, tinha caído para menos de 152 mil, o número mais baixo desde abril de 2014.

Desde o pico máximo de 196.538, atingido no final de 2019, no início da pandemia, e até janeiro de 2023, a cidade perdeu quase 45 mil trabalhadores não residentes, que correspondiam a 11,3% da população ativa.

Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo trabalhadores não residentes, a partir de 08 de janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições.

O setor da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou nos últimos 12 meses, ganhando 3.792 trabalhadores não residentes, seguido dos empregados domésticos (mais 1.688) e das atividades imobiliárias (mais 1.193).

A área da hotelaria e restauração tinha sido precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não residentes desde dezembro de 2019.

Macau acolheu, no primeiro trimestre de 2025, 9,86 milhões de visitantes, mais 11,1% do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano.

A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4% no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006.

Mas, e apesar da subida do número de trabalhadores não residentes, a taxa de desemprego estava em 1,9% nos primeiros três meses deste ano.

A economia de Macau cresceu 8,8% em 2024, graças à retoma do jogo e da procura interna, de acordo com dados oficiais.

O produto interno bruto (PIB) representou 86,4% do valor registado em 2019, antes do início da pandemia.

VQ // CAD

By Impala News / Lusa

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