Nuno Melo critica congresso do CDS na mesma data que o do Chega
O candidato à presidência do CDS-PP Nuno Melo criticou a realização do congresso do partido na mesma data da reunião magna do Chega e lamentou que a direção reivindique os louros pelas vitórias autárquicas.
Nuno Melo criticou a realização do congresso do CDS na mesma data da reunião magna do Chega e lamentou que a direção reivindique os louros pelas vitórias autárquicas. Intervindo durante o Conselho Nacional do partido, que está a decorrer à porta fechada e virtualmente, o eurodeputado centrista criticou que o CDS vá “partilhar o palco” com o Chega no fim de semana previsto para a realização do congresso, contaram à agência Lusa conselheiros que estão a acompanhar a reunião.
Nuno Melo acusou a direção de Francisco Rodrigues dos Santos falta de “noção” e de insistir no “absurdo”, argumentando que o congresso do partido deveria ser “um exclusivo”. O congresso do Chega vai decorrer no fim de semana de 27 e 28 de novembro, a mesma data proposta pela direção do CDS-PP para a realização do congresso dos centristas. De acordo com o que contaram à Lusa as mesmas fontes, Nuno Melo criticou por várias vezes a divisão do “espaço mediático” com o partido presidido por André Ventura.
O candidato à liderança do CDS disse que a direção fez o que lhe competia em apoiar os resultados positivos e negativos alcançados nas eleições autárquicas, mas lamentou que a direção de Rodrigues dos Santos “sonhe” que todos as vitórias são “uma maravilha” da direção e que os candidatos autárquicos “não servem para nada”.
Nuno Melo diz que direção vive numa «realidade paralela»
Criticando também a falta de documentos que comprovem os números autárquicos apresentados e defendidos por Francisco Rodrigues dos Santos, Nuno Melo referiu que a direção vive dentro de uma “realidade paralela” na leitura de resultados e na pluralidade do partido. Melo considerou que o CDS “ainda não foi transformado numa espécie de Igreja Maná”, segundo relataram centristas que estão a acompanhar o Conselho Nacional. A falta de documentos para comprovar os números das eleições de 26 de setembro também foi criticada pelo antigo deputado e dirigente centrista Pedro Mota Soares.
O vice-presidente centrista Miguel Barbosa enalteceu que Rodrigues dos Santos “foi à luta” em Oliveira do Hospital – era candidato à assembleia municipal daquele concelho – e que o resultado foi disputado “quase voto a voto”, explicitaram os conselheiros ouvidos pela Lusa. O resultado da votação da lista encabeçada por Francisco Rodrigues dos Santos também levou a críticas de parte a parte entre Nuno Melo e Miguel Barbosa. São candidatos à liderança do CDS o atual líder, Francisco Rodrigues dos Santos, e o eurodeputado centrista e presidente da distrital de Braga, Nuno Melo.
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