Óbito/Papa: PR timorense diz que religiões perderam alguém de grande importância
O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou hoje que não foram apenas os católicos que perderam com a morte do Papa Francisco, mas todas as religiões e a humanidade.

“Todas as religiões, toda a humanidade, perdeu alguém de grande importância”, disse o Presidente timorense, numa mensagem de vídeo em tétum, a partir de Sofia, Bulgária, onde se encontra em visita oficial.
Na mensagem, o também prémio Nobel da Paz, considera que o “Papa Francisco foi um dos papas com maior impacto na história do mundo”, que “abraçou os pobres, os frágeis”.
“Um Papa que não hesitou em falar contra os poderes mundiais que promovem a guerra em vez da paz”, disse Ramos-Horta, lembrando que Francisco denunciou também os poderes que ignoram os pobres e exploram os mais fracos.
O chefe de Estado timorense recordou também as palavras do Papa Francisco, quando terminou a visita a Díli, em setembro de 2024.
“Segurou na minha mão e disse para cuidarmos bem deste povo querido”, lembrou.
Uma das últimas viagens feitas pelo Papa Francisco foi a Timor-Leste durante a qual esteve reunido com o Presidente timorense com as autoridades religiosas, sociedade civil e corpo diplomático acreditado no país.
Aos timorenses pediu para continuarem a construir e a consolidar as instituições do país para que “estejam completamente aptas a servir o povo de Timor-Leste” e para que os “cidadãos se sintam efetivamente representados”.
“A fé que vos iluminou e susteve no passado continue a inspirar o vosso presente e o vosso futuro”, disse o Papa, lembrando que agora Timor-Leste tem um “novo horizonte, com céu limpo, mas com novos desafios a enfrentar e novos problemas a resolver”.
Durante a visita, de três dias, Francisco encontrou-se com representantes religiosos e deu uma missa campal, onde participaram cerca de 600.000 pessoas.
No último dia da visita, antes de deixar Díli, o Papa encontrou-se com a jovens.
“Não me vou esquecer mais dos vossos sorrisos”, disse o Papa Francisco aos jovens timorenses, que representam cerca de 70% da população do país.
Aquela foi a segunda vez que um Papa visitou Timor-Leste, país onde 98% dos 1,3 milhões de habitantes são católicos. A primeira ocorreu em 1989 quando João Paulo II visitou o território, ainda sob ocupação indonésia.
MSE // VM
By Impala News / Lusa
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