ONU aprova medida para reduzir uso do veto no Conselho de Segurança
ONU aprovou hoje uma proposta que visa reduzir o uso do veto no Conselho de Segurança, obrigando as potências a dar explicações aos demais Estados membros cada vez que usarem esse poder.
A Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje uma proposta que visa reduzir o uso do veto no Conselho de Segurança, obrigando as potências a dar explicações aos demais Estados membros cada vez que usarem esse poder. A iniciativa, proposta pelo Liechtenstein e apoiada por dezenas de países, foi aprovada por aclamação e sem necessidade de votação. A resolução exigirá que, sempre que existir um veto no Conselho de Segurança, seja automaticamente convocada uma sessão plenária da Assembleia-Geral, onde se reúnem os 193 Estados-membros da organização.
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Nessa sessão, irá discutir-se a questão através de um debate que começaria com as explicações por parte do país que tenha utilizado o seu poder de veto, um privilégio que só os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança têm (Estados Unidos da América, Rússia, China, França e Reino Unido). Embora essa proposta circule há mais de dois anos, a sua aprovação acelerou-se após a Rússia ter vetado uma resolução contra a invasão da Ucrânia, apesar de o texto ter o apoio da maioria do Conselho de Segurança.
Imagens em direto da Guerra na Ucrânia
Essa situação renovou os debates dentro da organização sobre o problema da existência do veto, uma das questões mais criticadas no funcionamento das Nações Unidas desde a sua criação, no final da Segunda Guerra Mundial. Desde 1946, o veto foi usado quase 300 vezes, cerca de metade delas pela União Soviética ou pela Rússia, que herdou a sua cadeira. Além da Ucrânia, Moscovo travou outras iniciativas nos últimos anos, incluindo várias resoluções relacionadas com a guerra na Síria, em várias ocasiões com o apoio da China — o país que historicamente menos usou esse privilégio. Nas últimas décadas, os Estados Unidos da América usaram-no sobretudo para bloquear textos críticos de Israel, enquanto a França e o Reino Unido não exercem esse privilégio desde 1989.
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