ONU denuncia mortes e detenções nas Honduras depois das eleições presidenciais
As Nações Unidas e a Comissão Interamericana dos Direitos do Homem (CIDH) denunciaram a morte de 12 pessoas e a detenção de centenas de outras nas Honduras.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Comissão Interamericana dos Direitos do Homem (CIDH) denunciaram na quarta-feira a morte de 12 pessoas e a detenção de centenas de outras nas Honduras.
Estas mortes e detenções resultaram de manifestações de protesto pela reeleição controversa do presidente Juan Orlando Hernandez em novembro.
“Estamos preocupados pelo uso excessivo da força utilizada para dispersar as manifestações, o que conduziu à morte de 12 manifestantes, enquanto dezenas de outros foram feridos e centenas detidos. Muitos deles foram transferidos para instalações militares, onde foram brutalmente agredidos, insultados e inclusive torturados”, indicaram as duas organizações em comunicado conjunto.
A ONU e a CIDH denunciaram também os ataques contra os jornalistas durante as manifestações que se seguiram à reeleição controversa do presidente cessante, acusado de fraude eleitoral, em 26 de novembro.
Os redatores da ONU, David Kaye e Michel Forst, e da CIDH, Edison Lanza, apelaram ao governo hondurenho para que “respeite e garanta os direitos à vida, à liberdade de expressão e de reunião” dos seus cidadãos.
“As manifestações na rua e os motins não constituem situações excecionais que justifiquem, em si, a suspensão dos direitos fundamentais”, acrescentaram, referindo-se ao estado de urgência decretado pelo governo.
Juan Orlando Hernandez foi declarado vencedor, no domingo, do escrutínio realizado em 26 de novembro, com 42,95% dos votos, contra 41,42% do candidato da coligação oposicionista de esquerda, Salvador Nasralla.
A oposição contesta os resultados e exige uma nova eleição.
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