Órgãos eleitorais moçambicanos já receberam 72% dos 284 ME necessários à votação
Os órgãos eleitorais moçambicanos já receberam 72% dos 284 milhões de euros orçamentados para as eleições gerais de quarta-feira e todo o material necessário para a votação está em fase final de distribuição, disse à Lusa fonte oficial.
“Até agora a informação que posso adiantar é que sim [condições criadas para a votação]. Todas as províncias já receberam o material e também já colocaram nos distritos”, disse hoje, em entrevista à Lusa, a porta-voz do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), Regina Matsinhe.
De acordo com os planos de cada província para distribuição de material, acrescentou, será dada “prioridade”, nesta fase final, aos distritos “que estão mais longe e assim sucessivamente”, no processo de distribuição do último material eleitoral.
“As condições estão garantidas, sim. O material já está, aquilo que nós consideramos o material estacionário vinha sendo distribuído, falamos das urnas, falamos das cabines e falamos das malas metálicas, que é para guardar o material, já foi distribuído faz algum tempo”, disse.
O restante material, produzido na África do Sul, também já está no país, sendo que no sábado foi entregue às últimas províncias, no sul de Moçambique.
“Tudo acautelado de modo a garantir que dia 09 [quarta-feira], às 07:00, as assembleias de voto possam abrir sem sobressaltos”, garantiu a porta-voz do STAE.
Estas eleições foram orçamentadas pelos órgãos eleitorais em 19.933 milhões de meticais (284 milhões de euros), entregues faseadamente pelo Governo.
“É do conhecimento geral que nós fomos recebendo os valores à medida que havia disponibilidade. Até sexta-feira, a informação que nós tínhamos é que já tinham sido disponibilizados 72% destes fundos. Já há orçamento para pagar os membros de mesa de voto, as províncias já receberam”, garantiu Regina Matsinhe.
Moçambique realiza esta quarta-feira as sétimas eleições presidenciais, às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.
As eleições vão contar com mais de 184.500 membros de mesas de voto, distribuídos pelos 154 distritos do país (180.075) e fora do país (4.436).
Em Moçambique, no dia da votação, vão funcionar 8.737 locais de voto e no estrangeiro 334, correspondendo a 25.725 mesas de assembleia de voto no país e 602 assembleias no exterior, cada uma com sete elementos.
Em Cabo Delgado, que vive há sete anos um clima de insegurança provocado por ataques de grupos terroristas, Regina Matsinhe garante que estão criadas as condições para a votação de quarta-feira, ao nível de material e de segurança.
“Até agora não tenho nenhuma informação que demonstre o contrário. A informação que tenho é que estão condições criadas para que a eleição possa decorrer em igualdade de circunstâncias em todo o território nacional”, sublinhou.
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By Impala News / Lusa
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