Partidos criticam detenções e “degradação” dos direitos fundamentais na Catalunha

Os partidos Unidos Podemos, Partido Democrata Europeu Catalão, Partido Nacionalista Basco e Euskal Herria Bildu exigiram a libertação dos detidos nas investigações relacionadas com o referendo na Catalunha.

Partidos criticam detenções e

Os partidos Unidos Podemos, Partido Democrata Europeu Catalão, Partido Nacionalista Basco e Euskal Herria Bildu exigiram hoje a libertação dos detidos nas investigações relacionadas com o referendo na Catalunha, criticando a “degradação” dos direitos fundamentais.

Os dirigentes dos quatro grupos parlamentares chamaram os jornalistas ao Congresso, para uma declaração sem direito a perguntas, na qual apresentaram o apoio aos detidos e expressaram a preocupação pelo “ataque” ao governo da Catalunha e às liberdades das pessoas no conjunto do Estado.

Os dirigentes disseram ainda que os advogados catalães coincidem em afirmar que os direitos constitucionais ficaram “sob suspeita” e sinalizaram que o que está a ocorrer “não faz sentido”.

O Tribunal Constitucional espanhol suspendeu no início do mês, como medida cautelar, todas as leis regionais aprovadas pelo Parlamento e pelo Governo da Catalunha que davam cobertura legal ao referendo de autodeterminação convocado para 01 de outubro próximo.

A quase uma semana da consulta popular, que ainda não se sabe se se vai realizar, tem aumentado a tensão entre os separatistas da Catalunha e as instituições espanholas que tentam impedir a realização do referendo.

A polícia espanhola confiscou na quarta-feira, nos arredores de Barcelona, quase 10 milhões de boletins de voto que iam ser utilizados no referendo, marcado para 01 de outubro, e numa outra operação revistou uma série de edifícios do Governo regional e deteve 14 pessoas alegadamente envolvidas na preparação da consulta popular.

Esta manhã, centenas de pessoas concentraram-se junto ao Palácio de Justiça de Barcelona, a sede do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha para pedir a liberdade dos 14 detidos, no que foi uma espécie de continuação da manifestação que juntou 40 mil pessoas em frente à sede do ministério regional da Economia.

As organizações que representam os juízes já criticaram esta concentração frente ao tribunal, argumentando, nas palavras do porta-voz da Associação Profissional da Magistratura, que “não se pode esconder debaixo do exercício do direito da liberdade de expressão e manifestação o que não deixa de ser uma coação a órgãos judiciais”.

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