Passos Coelho apela à esquerda para “equilíbrio” no “leilão orçamental”
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, apelou hoje aos partidos que apoiam o Governo para “um certo equilíbrio” no “leilão orçamental”, numa altura em que “começam a pedir muitas coisas” por pensarem que existem “muitas folgas”.
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, apelou hoje aos partidos que apoiam o Governo para “um certo equilíbrio” no “leilão orçamental”, numa altura em que “começam a pedir muitas coisas” por pensarem que existem “muitas folgas”.
“Os partidos que estão a apoiar o Governo”, como “estão sempre na ideia de que isto está excecionalmente bom” e “temos já muitas folgas, começam a pedir muitas coisas, cada vez estão a elevar mais as expetativas, cada vez o leilão orçamental se intensifica”, afirmou, durante um jantar autárquico do PSD em Évora.
Mas, questionou o líder do PSD, será “ele sustentado pelo andamento da economia” ou o país vai “continuar a ter cada vez mais trabalhadores a receberem o salário mínimo e, portanto, uma economia que tem mais gente empregada, mas a ganhar cada vez mais pela bitola baixa?”.
“É muito importante fazer um apelo de um certo equilíbrio a este leilão orçamental que tem vindo a ser apresentado aos portugueses”, argumentou.
Na sua intervenção no jantar autárquico em Évora, com a presença de militantes e do cabeça de lista do partido à câmara deste concelho alentejano, António Costa da Silva, nas eleições autárquicas de 01 de outubro, Passos Coelho apontou o tema das cativações feitas pelo Governo como exemplo dos alertas feitos pelo PSD, mas que “a geringonça escorraçou”.
“E hoje o que é que vemos o Bloco de Esquerda (BE) dizer? Que é preciso muita transparências nas cativações”, ou seja, “a denúncia” feita pelo PSD “durante mais de um ano e que eles escorraçavam todos os dias no parlamento, afinal, tinha fundamento”, ironizou o líder social-democrata.
Segundo Passos Coelho, “talvez não fosse mau o BE e o PCP prestarem um bocadinho mais de atenção às denúncias” que o PSD, porque o objetivo destas não é “aborrecer ninguém”.
“Quando fazemos estas denúncias, estas chamadas de atenção, é mesmo porque queremos que as coisas possam correr bem, sem solavancos. E que possamos olhar para os próximos anos com muito mais confiança”, avisou.
No discurso, o presidente social-democrata argumentou ainda que o PSD tem confiança em si próprio e, como tal, “não nenhuma razão” para ter “perdido de vista a expetativa legítima” de poder “voltar a governar em melhores condições” do que o fez “no passado”.
“Ora, só é possível voltar a governar em melhores condições se as coisas não se estragarem. Portanto, eu espero que não se estraguem muito para nós também podermos fazer uns bonitos quando chegarmos ao Governo, já que trabalhámos tanto para que as coisas se recuperassem e pudessem ficar melhores”, referiu.
Neste jantar, o líder do PSD elogiou os conhecimentos e a experiência do candidato do partido a Évora e lançou o desafio aos eleitores do concelho para “experimentarem uma solução social-democrata” no município, visto que já conhecem a governação da CDU, que é a atual maioria, e do PS, que foi “destronado” da liderança da autarquia em 2013.
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