PCP diz que acolhimento a refugiados em Setúbal é feito com “critérios de integração”
O PCP sustentou hoje que o trabalho desenvolvido com imigrantes no município de Setúbal, liderado por um autarca eleito pela CDU, “caracteriza-se por critérios de integração”, rejeitando exclusões ou “sentimentos xenófobos” no acolhimento a refugiados.
Numa curta resposta, o PCP refere que “o trabalho com imigrantes que há muito se desenvolve no município de Setúbal caracteriza-se por critérios de integração e amizade entre os povos onde não prevalecem nem exclusões nem sentimentos xenófobos”. O partido argumenta que num momento em que “se impõe um reforço do apoio aos refugiados, em particular aos ucranianos, esta conceção humanista é ainda mais importante”.
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A Iniciativa Liberal requereu hoje a audição parlamentar urgente do presidente da Câmara de Setúbal para esclarecer as notícias “extremamente graves” de que o acolhimento de refugiados naquela autarquia está a ser feito “por pessoas ligadas a organizações russas” (… continue a ler aqui)
A Câmara Municipal de Setúbal é liderada por André Martins, militante do Partido Ecologista “Os Verdes”, eleito nas últimas autárquicas pela Coligação Democrática Unitária (CDU), da qual fazem parte o PCP e o PEV. Segundo revelou hoje o jornal Expresso, pelo menos 160 refugiados ucranianos já terão sido recebidos por Igor Khashin, antigo presidente da Casa da Rússia e do Conselho de Coordenação dos Compatriotas Russos, e pela mulher, Yulia Khashin, funcionária do município setubalense. De acordo com o Expresso, Igor Khashin, líder da Associação dos Emigrantes de Leste (Edintsvo), subsidiada desde 2005 até março passado pela Câmara de Setúbal, e a mulher terão, alegadamente, fotocopiado documentos de identificação dos refugiados ucranianos, no âmbito da Linha de Apoio aos Refugiados da Câmara Municipal de Setúbal.
De acordo com o Expresso, Igor Khashin e a mulher terão também questionado os refugiados sobre os familiares que ficaram na Ucrânia, mas a Câmara Municipal de Setúbal garante que “nunca foi feita tal pergunta”. O jornal Expresso refere ainda que Igor Khashin é um dirigente associativo com dupla nacionalidade, que se apresenta como “gestor de projetos”, e que as associações a que terá estado ligado estavam nos sites da Ruskyi Mir e da Rossotrudnichestvo, instituições estatais criadas pelo Kremlin para divulgar a cultura e o mundo russos, mas que, segundo fontes citadas pelo jornal, “podem servir de cobertura a elementos dos serviços secretos” da Rússia.
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