PCP/Aveiro apela à luta das populações contra fecho de postos dos CTT no distrito
O PCP considerou inaceitável o fecho de três balcões dos CTT no distrito de Aveiro, apelando às populações que não se resignem e lutem
O PCP considerou esta quarta-feira inaceitável o fecho de três balcões dos CTT no distrito de Aveiro, apelando às populações que não se resignem e lutem contra esta decisão “injusta e lesiva” do interesse público.
Em causa está o encerramento dos postos dos Correios de Paços Brandão (Santa Maria da Feira), Universidade (Aveiro) e Barrosinhas (Águeda).Em comunicado, a Direção da Organização Regional de Aveiro (DORAV) do PCP refere que, a confirmar-se, o encerramento destes balcões terá “graves implicações” na vida de todos os utentes dos CTT, em particular, e das populações, em geral.
Os comunistas alertam que esta decisão irá provocar um aumento das deslocações dos utentes, algo que dizem ser “muito complexo”, sobretudo, no caso da população mais idosa, que depende dos Correios para o levantamento das suas pensões, em territórios onde é reconhecida a falta de transportes públicos de qualidade.
Outra das consequências desta decisão, segundo o PCP, será o “sufocar dos balcões remanescentes”, com o aumento dos tempos de espera e a degradação da qualidade do serviço, pese embora os esforços dos trabalhadores da empresa.
“Depois de anos de degradação do serviço postal, encerramento de balcões, soluções informais para substituição de balcões e distanciamento das populações, contribuindo para a destruição do prestígio de uma empresa pública com excelente reputação, este é mais um elemento a confirmar que o PCP tinha razão ao estar contra a privatização dos CTT”, refere a mesma nota.
Os comunistas defendem que o serviço postal de um país é “um elemento de proximidade e coesão territorial”, algo que, dizem, “só pode ser garantido por um serviço público”.
Veja também: CTT confirmam fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação
O PCP considera que o Governo e as autarquias de localidades onde se encontram os postos em causa devem pronunciar-se, exigindo que esta medida não vá avante, e apelam às populações que lutem contra esta decisão.
Por fim, o PCP insiste na necessidade da recuperação do controlo público dos CTT, criando as condições para impedir o que dizem ser uma “sangria”, garantindo o futuro da empresa e o cumprimento dos seus objetivos, não se sujeitando a “desvirtuações ou mistificações” que conduzam à sua destruição.
Os CTT confirmaram a 02 de janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.
A empresa referiu que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas “não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente”.
Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).
A decisão de encerramento motivou já críticas de autarquias e utentes.
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