Pedro Nuno acusa Chega de ter estado “sempre ao lado do Governo” na lei dos solos
O líder do PS acusou hoje o Chega, que pediu o adiamento das votações da lei dos solos, de ter estado “sempre ao lado do Governo” nesta iniciativa e defendeu que as alterações socialistas visaram “diminuir os riscos inerentes” do diploma.
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Pedro Nuno Santos dedicou hoje o dia a dois projetos de policiamento de proximidade e à tarde foi questionado pelos jornalistas sobre o adiamento da votação das alterações à lei dos solos, pedido pelo Chega.
“Como sabem, as alterações a que o Governo procedeu, mesmo que o PS chumbasse, teriam sempre o apoio do Chega. O Chega esteve sempre ao lado do Governo nesta iniciativa”, respondeu.
Segundo o secretário-geral socialista, “o PS fez depender o seu voto da aceitação de um conjunto de propostas que visam diminuir os riscos inerentes à aplicação desta lei”.
Questionado se admite que o seu partido repense o posicionamento sobre esta lei na sequência das recentes polémicas, Pedro Nuno Santos referiu que “o PS já apresentou um conjunto vasto de propostas”, com as quais o partido está confortável, tendo algumas delas já sido aceites “pela voz do ministro da Coesão Territorial” durante o debate.
“Os casos não têm só a ver com a lei dos solos e o caso que nos tem ocupado nos últimos dias não sei se é só um caso que tenha a ver com a lei dos solos”, disse ainda.
Sobre as alterações ao código de conduta dos deputados que hoje foi levado pelo PS à conferência de líderes parlamentares, o líder socialista remeteu os detalhes para o grupo parlamentar.
“Quero salientar sobretudo que nós, na Assembleia da República, como em qualquer outro local de trabalho, temos que respeitar os nossos colegas. É fundamental que os deputados se comportem na Assembleia da república como os pais deles lhes ensinaram que se deviam comportar”, disse apenas.
Concretamente sobre a agenda de hoje, que encerra o foco que deu a semana passada aos temas da segurança, Pedro Nuno Santos destacou a importância do “policiamento de proximidade que garante não só que as pessoas se sintam seguras, mas garante também a segurança de efetiva”.
Depois de manhã ter estado numa sessão da escola segura, o líder do PS acompanhou à tarde uma sessão do programa Apoio 65 – Idosos em Segurança, na Associação para o Serviço de Apoio Social e Reformados da EPAL.
Esta é uma área da segurança na qual o PS “entende que se deve apostar e investir mais”, disse Pedro Nuno Santos, que recordou que estes dois programas da PSP têm origem em governos do PS
“Há neste momento negociações em curso entre as forças de segurança e o Governo e nós queremos também passar uma mensagem de apoio à necessidade de valorizarmos de forma efetiva e clara as carreiras das nossas forças de segurança”, reiterou.
Alertando para as dificuldades em recrutar e reter jovens para a carreira das forças de segurança, o líder socialista defendeu a necessidade de tornar esta carreira mais atrativa, até porque nos próximos anos haverá muitas saídas com as reformas.
“Isso implica carreiras mais valorizadas e as tabelas remuneratórias revistas e o PS está ao lado das forças de segurança nessa exigência”, assegurou.
JF // JPS
By Impala News / Lusa
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