Pedrógão Grande: Governo diz que militares e GNR bateram terreno para ver se havia mais vítimas
O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, afirmou que foi realizado “um trabalho de rastreio muito intenso” por parte das Forças Armadas e da GNR no terreno para apurar se existiriam mais vítimas no incêndio de Pedrógão Grande.
O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, afirmou hoje que foi realizado “um trabalho de rastreio muito intenso” por parte das Forças Armadas e da GNR no terreno para apurar se existiriam mais vítimas no incêndio de Pedrógão Grande.
“A partir de certa altura, o que se tentou apurar foi, para além daquelas 64 vítimas – o número oficial dado pelo Instituto Nacional de Medicina Legal -, ver se havia ainda a hipótese de haver outros corpos e outras vítimas que não tivessem sido encontrados”, disse aos jornalistas o membro do executivo, que esteve hoje em Pedrógão Grande, na cerimónia do Dia do Município.
Segundo Azeredo Lopes, para averiguar tal possibilidade, foi realizado “um trabalho de rastreio muito intenso levado a cabo quer pelas Forças Armadas quer pela GNR”, que foram “terreno a terreno, espaço a espaço, casa a casa, para ver se, infelizmente, haveria mais corpos ou mais vítimas a reportar”.
O ministro da Defesa sublinhou ainda que o facto de não se conhecerem os nomes das vítimas é algo que não passa pelo Governo. Além disso, acrescentou, “nem pode” ser conhecida a identidade das vítimas, visto que o Ministério Público está a desencadear “um inquérito de natureza criminal” e entendeu, “até agora, que esses nomes não deveriam ser desvendados para proteção da investigação”.
“A lista de nomes não é divulgada não porque o Governo queira ou deixa de querer, mas porque o Ministério Público entende que assim deve ser para salvaguardar devidamente a investigação”, reforçou.
Porém, Azeredo Lopes defendeu que qualquer cidadão que considera que o nome de uma determinada vítima “não está a ser devidamente registado” deve “dar a conhecer esse nome” e as circunstâncias da sua morte ao Ministério Público ou a outras autoridades, que “não deixarão de reportar esse facto”.
“Até ver – e já passaram muitos dias sobre a tragédia -, ainda ninguém se dirigiu ao Ministério Público para esse efeito” ou a qualquer outra autoridade “para reportar essa morte”, frisou, criticando o facto de se pensar que haveria uma “qualquer artimanha” para diminuir o número de mortos no incêndio de Pedrógão Grande.
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