PM britânico rejeita que “avalanche” trabalhista nas legislativas seja inevitável 

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, rejeitou hoje que a derrota do Partido Conservador nas eleições legislativas de quinta-feira seja inevitável, apesar de um ministro ter hoje antecipado uma “avalanche” trabalhista. 

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Sunak afirmou numa entrevista à estação ITV que continua a “lutar por cada voto” e insistiu que o apoio de 130 mil eleitores “pode fazer a diferença” para evitar a vitória do Partido Trabalhista. 

“A todos os que estão a ver e que pensam que ‘oh, isto é tudo um final inevitável’ – não é”, vincou.

O líder Conservador reagia ao que parecia uma admissão de derrota do ministro do Trabalho e Pensões, Mel Stride, à Rádio Times esta manhã, quando disse que “estamos à beira, provavelmente, da maior avalanche que alguma vez vimos neste país”.

Na sua última previsão antes das eleições, a empresa de sondagens Survation afirmou ter “99% de certeza” que o Partido Trabalhista vai ganhar com uma maioria absoluta inédita de 484 deputados num total de 650 que vão a votos na quinta-feira. 

Esta vitória será superior à de Tony Blair em 1997, e deixará o Partido Conservador com 64 deputados, o pior desempenho de sempre numas legislativas, pouco à frente dos Liberais Democratas (61). 

Segundo o mesmo estudo, o Partido Reformista poderá ser o terceiro mais votado a nível nacional, mas só eleger sete deputados devido ao sistema de maioria simples. 

Apesar de algumas sondagens das últimas semanas terem indicado um declínio das intenções de voto nos trabalhistas e um recuperação dos conservadores, a vantagem do Labour continua a rondar os 20 pontos percentuais. 

O antigo primeiro-ministro Boris Johnson interveio pela primeira vez na campanha na terça-feira à noite num comício em Londres para avisar que “estamos prestes a dar ao ‘Labour’ uma supermaioria”. 

Johnson avisou militantes conservadores tentados a votar noutros partidos para o risco de “terem exatamente o contrário do que realmente querem”. 

O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, alertou para os eleitores não serem complacentes. 

“O meu receio, neste momento, é que as pessoas não sintam a necessidade de sair à rua e votar pela mudança. Isto não está acabado, precisamos de lutar até às dez da noite de amanhã”, incitou. 

Mas a antiga ministra do Interior Suella Braverman, uma crítica de Sunak, já se conformou, tendo escrito no jornal Daily Telegraph: “Acabou e temos de nos preparar para a realidade e a frustração da oposição”.

Seis semanas após a convocação surpresa de eleições legislativas, previstas para o final do ano, hoje é o última dia de campanha eleitoral antes da votação na quinta-feira, que será realizada entre as 07:00 e as 22:00. 

BM // APN

By Impala News / Lusa

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