PM de Timor-Leste apela aos jovens timorenses para deixarem as “ditas” artes marciais

O primeiro-ministro de Timor-Leste pediu hoje aos jovens timorenses, residentes no país e na diáspora, para deixarem de praticar as “ditas” artes marciais e rituais.

PM de Timor-Leste apela aos jovens timorenses para deixarem as

“Este apelo que estamos a fazer para deixarem as tais ditas artes marciais”, afirmou Xanana Gusmão, que lembrou ter ocorrido uma redução da violência desde que as artes marciais e rituais foram suspensas no país.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas na Presidência timorense, no final de um encontro com o chefe de Estado, José Ramos-Horta, durante o qual foi discutido os incidentes registados, no domingo, em Fátima (Portugal), que envolveram jovens timorenses e que provocaram um morto e quatro feridos.

Em novembro passado, o Governo timorense tinha suspendido a aprendizagem e a prática das artes marciais, tendo em conta os graves incidentes registados no território, tendo renovado a suspensão em abril.

Xanana Gusmão condenou os acontecimentos em Fátima, nos quais estiveram alegadamente envolvidos dois grupos de artes marciais (o 22 e o 77). O incidente envolveu cerca de 40 jovens, provenientes de vários locais de Portugal, incluindo Lisboa, Setúbal e Leiria, e deveu-se a “diferenças entre os dois grupos”, acrescentou.

“Ontem [quarta-feira] decidimos, se a família assim o requerer, trasladar o cadáver para Timor”, disse também o primeiro-ministro timorense.

Nos confrontos morreu um jovem timorense do município de Aileu.

O primeiro-ministro disse também que a Polícia Judiciária portuguesa está a investigar e que todos os envolvidos devem ser expulsos e regressar a Timor-Leste para “incutir em toda a sociedade timorense que é preciso deixar de vez” as artes marciais.

MSE // EJ

By Impala News / Lusa

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