Polícia detém 13 árabes israelitas por alegada conspiração com o Hamas
A polícia e o serviço de informações de Israel (Shin Bet) detiveram 13 árabes israelitas por alegada conspiração com o movimento islamita palestiniano Hamas para realizar ataques em solo israelita, anunciaram hoje as autoridades.
Os suspeitos são, na maioria, oriundos da cidade de Shachnin, no norte de Israel, um dos epicentros da comunidade árabe israelita.
Todos eles, segundo a acusação, estariam alegadamente envolvidos na compra de armas a agentes do Hamas na Cisjordânia, noticiou a agência espanhola Europa Press.
Um dos detidos também terá mantido contactos com membros do Hamas em Gaza para receber instruções para fabricar explosivos e ordens para recrutar pessoas para a organização.
A polícia israelita disse igualmente que cerca de 20 residentes de Jerusalém Oriental foram detidos nas últimas duas semanas por “incitarem e apoiarem atividades terroristas” através da divulgação de “notícias falsas”.
“Como mostra a experiência passada, há quem queira usar o mês do Ramadão para espalhar rumores e publicar uma versão distorcida da realidade nas redes sociais”, afirmou a polícia num comunicado divulgado pelo jornal Times of Israel.
“Entre eles estão organizações terroristas e elementos que aproveitam esta festividade para espalhar informações falsas sobre a realidade em Jerusalém, a Cidade Velha e, em particular, o Monte do Templo”, acrescentou a polícia.
O Ramadão, o mês sagrado muçulmano de jejum, começa na segunda ou na terça-feira.
Israel declarou guerra ao Hamas depois do ataque do grupo palestiniano em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades.
Desde então, Israel tem em curso uma ofensiva militar de grande escala contra a Faixa de Gaza, que já provocou mais de 31.000 mortos, de acordo com as autoridades do enclave controlado pelo Hamas.
O grupo extremista, que controla Gaza desde 2007, é considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
Desde 2007, os palestinianos vivem sob dois governos rivais, o do Hamas, em Gaza, e o da Autoridade Palestiniana, de Mahmoud Abbas, que detém partes da Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.
Segundo a ONU, cerca de 700.000 colonos vivem em quase três centenas de colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em terras reclamadas pela Palestina.
PNG // MDR
By Impala News / Lusa
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