Portugal convidado para segunda reunião promovida pela França
Portugal foi convidado a participar na segunda reunião organizada pela França esta semana, para discutir a Ucrânia e a segurança europeia, adiantou hoje à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
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Fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu que ainda será determinada a forma como será a entrada de Portugal na reunião, existindo a possibilidade de entrar à distância.
O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, está no Brasil, onde acompanha a visita oficial do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.
França convocou para quarta-feira uma segunda reunião para discutir a Ucrânia e a segurança europeia com países europeus que não estiveram presentes na primeira e o Canadá, indicaram hoje fontes diplomáticas citadas pela estação televisiva France24.
Segundo duas fontes diplomáticas, os países convidados pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, para participar na reunião de quarta-feira são, além do Canadá, aliado da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental): Noruega, as três repúblicas bálticas (Lituânia, Letónia e Estónia), República Checa, Grécia, Finlândia, Roménia, Suécia e Bélgica.
Alguns dos países poderão participar por videoconferência, indicaram os diplomatas.
O palácio do Eliseu (sede da Presidência da República francesa) não respondeu ainda ao pedido de comentário, referiu a estação televisiva.
Na segunda-feira, Macron reuniu-se em Paris com os principais líderes da União Europeia (UE), da NATO e do Reino Unido, para elaborar uma estratégia europeia face às conversações promovidas pelos Estados Unidos para acabar com a guerra na Ucrânia, iniciada há quase três anos com a invasão russa do país vizinho.
A convocação dessa primeira cimeira de emergência ocorreu depois de o Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, ter deixado claro na sexta-feira passada, na Conferência de Segurança de Munique, que a Europa não teria lugar à mesa das negociações dos Estados Unidos com a Rússia para pôr fim à guerra na Ucrânia, o que perturbou as capitais europeias.
Nessa cimeira de emergência convocada por Macron, participaram a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, bem como os chefes de Governo de sete países europeus: Alemanha, Olaf Scholz; Reino Unido, Keir Starmer; Itália, Giorgia Meloni; Polónia, Donald Tusk; Espanha, Pedro Sánchez; Países Baixos, Dick Schoof; e Dinamarca, Mette Frederiksen.
A iniciativa do Presidente francês realizou-se um dia antes de duas delegações dos Estados Unidos e da Rússia, lideradas pelos respetivos responsáveis da diplomacia, Marco Rubio e Serguei Lavrov, iniciarem oficialmente as negociações em Riade.
Trump, que durante a sua campanha prometeu acabar com a guerra na Ucrânia, telefonou na semana passada ao homólogo russo, Vladimir Putin, e depois ao ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir o fim da guerra.
O plano dos Estados Unidos prevê que a Ucrânia desista de aderir à NATO e aceite a anexação de parte dos territórios ocupados à Rússia.
A Ucrânia tem contado com ajuda militar dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, a 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm imposto sanções a setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, além de um número por determinar de vítimas civis e militares.
DMC (ANC/MES/MYCO/PL) // RBF
By Impala News / Lusa
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