PR angolano repudia tentativas de deslocalização do povo palestiniano

O Presidente angolano repudiou tentativas de deslocalização do povo palestiniano dos seus territórios e a contínua política de expansão dos colonatos e ocupação de territórios pertencentes à Palestina, defendendo a tolerância e coexistência entre religiões.

PR angolano repudia tentativas de deslocalização do povo palestiniano

João Lourenço discursava na qualidade de presidente em exercício da União Africana na cimeira extraordinária da Liga Árabe sobre a situação em Gaza, Palestina, que decorre no Cairo, Egito.

“Repudiamos quaisquer tentativas de deslocalização do povo palestino dos seus territórios, da contínua política de expansão dos colonatos, da ocupação e anexação ilegal de território pertencente à Palestina. Defendemos igualmente a tolerância e coexistência entre religiões, evitando-se o fanatismo e radicalismo que pode conduzir ao exacerbar do ódio e da violência entre os povos”, afirmou.

Reiterou também o compromisso da União Africana em trabalhar com a Liga Árabe “em prol do alcance de uma paz duradoura e sustentável no conflito que opõe Israel ao Hamas”.

Lembrou ainda que África tem manifestado sistematicamente o seu apoio incondicional à causa do povo palestiniano relativamente ao seu direito à autodeterminação, como aconteceu na recente cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, onde reafirmaram a sua solidariedade a Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Palestiniana. 

“Reconhecemos a Autoridade Palestiniana e manifestamos o nosso total apoio à sua luta pelo direito à autodeterminação, conforme a resolução 149 das Nações Unidas de 1948 e resoluções subsequentes, bem como o seu território com base nas fronteiras anteriores a 04 de junho de 1967 e Jerusalém Oriental como sua capital”, destacou.

A cimeira da Liga Árabe, onde participa também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, visa abordar a situação na Faixa de Gaza e na Palestina e o seu impacto na região do Médio Oriente, para o reforço de uma posição comum relativamente à causa do povo palestiniano e os desafios de reconstrução e regresso das populações, após mais de 15 meses de guerra.

João Lourenço condenou os ataques do Hamas e a “resposta militar desproporcional de Israel” contra os palestinianos que provocou uma catástrofe humanitária “sem precedentes” e com “contornos de genocídio”, mostrando preocupação com as implicações “nefastas” do alastrar do conflito a toda a região do Médio Oriente.

O chefe de Estado angolano saudou ainda o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas bem como o processo de libertação dos reféns israelitas em curso e exortou as autoridades de Israel a permitirem a abertura de corredores humanitários, bem como o regresso dos mais de dois milhões de cidadãos palestinianos internamente deslocados e refugiados nos países vizinhos. 

 

RCR // MSF

By Impala News / Lusa

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