PR de Cabo Verde pede união para se comemorar 50 anos de independência em 2025
O Presidente da República de Cabo Verde pediu hoje, na sessão solene dos 49 anos da independência nacional, união para se comemorar, em 2025, os 50 anos desse “marco de ouro” para o arquipélago.
“O meu apelo, neste 05 de julho, é de união. De união em torno dos interesses nacionais”, disse José Maria Neves, que presidiu à tradicional cerimónia na Assembleia Nacional, na capital do país, Praia.
“Juntos, preparemo-nos para comemorar condignamente esse marco de ouro”, insistiu Neves, frisando que o país já está em “contagem decrescente” para celebrar “a data mais importante” da sua história.
Na sua intervenção, o mais alto magistrado da Nação enumerou as “sólidas conquistas” do país, não obstante as adversidades, mas entendeu que, do ponto de vista político, deve-se “desestatizar” a sociedade e “libertar” os indivíduos “das peias” do Estado.
José Maria Neve entendeu ainda que se deve densificar o setor privado, “capacitar o Estado visionário”, diversificar a economia e qualificar a democracia.
“Isto passa por uma maior abertura ao debate e por se ter consideração e respeito por todos e entre todos, envolvendo mais os cidadãos nos assuntos públicos”, mostrou.
O chefe de Estado sugeriu aposta nas energias renováveis e o acompanhamento das transformações tecnológicas, particularmente a inteligência artificial, mas com “redobrada atenção” e “respeito pelos padrões éticos”.
O Presidente cabo-verdiano apelou ainda à mobilização da diáspora cabo-verdiana, para criar “novos paradigmas” de cooperação internacional e fomentar investimentos privados.
No discurso, o presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, chamou atenção para alguma “agitação laboral” em Cabo Verde, sobretudo das classes docente e médica, apelou a negociações e alertou para a situação dos transportes e da habitação no país.
Discursaram ainda os representantes dos três partidos políticos com assento parlamentar, que também fizeram a retrospetiva do percurso, sublinhando os ganhos e enumerando os desafios que o país tem em diversos setores, como a Justiça, os transportes, o emprego ou a democracia.
Além da sessão solene, assistida por membros do Governos, altas individualidades do Estado, corpo diplomático, empresários, confissões religiosas e sociedade civil, o país está a assinalar a data com muitas outras atividades nas ilhas e na diáspora.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, está a assinalar a data com a comunidade cabo-verdiana nos Estados Unidos, no quadro de uma visita que efetua desde terça-feira àquele país, um dos principais de destino do total de 1,5 milhões de cabo-verdianos que vive no exterior, o triplo da população residente nas ilhas.
De manhã, o Presidente cabo-verdiano depositou uma coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral e à tarde vai condecorar figuras e instituições “que contribuíram para a afirmação de Cabo Verde como Nação”.
As câmaras municipais e a sociedade civil também vão organizar atividades para celebrar o dia, que é feriado nacional.
Cabo Verde tornou-se independente de Portugal a 05 de julho de 1975.
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By Impala News / Lusa
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