PR moçambicano pede projetos prioritários para os 22 mil ME da Coreia do Sul

O Presidente de Moçambique pediu hoje a preparação de projetos “claros, concretos e prioritários” para candidatar aos 24 mil milhões de dólares (22 mil milhões de euros) que a Coreia do Sul vai disponibilizar a África.

PR moçambicano pede projetos prioritários para os 22 mil ME da Coreia do Sul

“Isto significa que teremos de desenhar projetos bem claros, concretos e prioritários para melhor direcionar estes ativos”, afirmou Filipe Nyusi, no balanço da visita de trabalho a Seul, onde participou na cimeira Coreia África.

“Houve compromissos de investimentos a médio prazo, da Coreia, na ordem de um bilião de dólares norte-americanos [mil milhões de dólares, 919 milhões de euros], a serem aplicados em Moçambique. A Cimeira anunciou que vai disponibilizar 10 biliões de dólares [9.190 milhões de euros] até 2030 para os investimentos em África, adicionados a 14 biliões de dólares [12.870 milhões de euros] a serem aplicados pelas empresas coreanas”, acrescentou.

Nyusi mostrou-se satisfeito com a visita, garantindo que foi possível expor na República da Coreia (nome oficial da Coreia do Sul) um “país e uma África repletos de oportunidades para investimento e com um capital humano jovem”.

Na terça-feira, ao intervir na cimeira, o chefe de Estado apelou para o investimento da Coreia do Sul no país, assinalando as potencialidades moçambicanas em áreas como agricultura, mineração, gás ou energia, entre outras.

“A nossa afirmação encontra como sustentação o facto de Moçambique ser um dos países africanos com significativas potencialidades económicas e recursos abundantes, tais como terras aráveis, o clima propício para culturas alimentares diversas, recursos minerais marinhos para além do gás natural e outras energias renováveis”, disse Nyusi.

“Nesta caminhada para o desenvolvimento económico, o setor privado e empresarial desempenha um papel crucial mediante iniciativas em várias áreas da economia. Para Moçambique ressaltam as áreas da agricultura, indústria transformadora, mineração, energia, turismo, setor de serviços como logística, banca e seguros, tecnologias digitais e da informação e comunicação e outros”, acrescentou.

Na mesma intervenção, numa cimeira que reuniu na capital sul-coreana dezenas de chefes de Estado e de Governo de países africanos, Nyusi destacou “o desafio” de “compreender e abraçar o crescimento económico, sustentabilidade e solidariedade como essenciais para forjar um caminho viável e próspero para as gerações futuras”.

Acrescentou que o “crescimento económico” desejado por Moçambique “passa por práticas de desenvolvimento equilibrado e políticas protetoras do meio ambiente e favoráveis à eficiência energética que reduzam o desperdício e fomentem o uso responsável dos recursos naturais da nossa cooperação para o desenvolvimento”.

“Reconhecemos as vantagens comparativas da República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] decorrentes da sua capacidade financeira, tecnologia industrial e empresarial, o que poderá contribuir para a aceleração do crescimento”, sublinhou ainda.

“A mensagem que pretendemos deixar nesta cimeira é a necessidade de promoção de investimentos e parcerias mutuamente vantajosas em que todos saiamos a ganhar”, disse, assumindo que a República da Coreia “integra o grupo de países parceiros estratégicos de Moçambique na aceleração do desenvolvimento económico e social sustentável desde 2013”.

PVJ // EJ

By Impala News / Lusa

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