PR moçambicano reconhece passado comum com Timor-Leste para reforçar cooperação

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reconheceu hoje que as relações históricas com Timor-Leste devem propiciar a cooperação entre os dois países, após receber as cartas credenciais do novo embaixador timorense em Maputo.

PR moçambicano reconhece passado comum com Timor-Leste para reforçar cooperação

“O Presidente, [Filipe] Nyusi, fez referência ao tema da solidariedade e coordenação na luta de libertação nacional nas colónias portuguesas, que preencheu a agenda do recente encontro com sua excelência Presidente [de Timor-Leste], José Ramos Horta, durante as celebrações, em Lisboa, do quinquagésimo aniversário do golpe de Estado de ’25 de Abril’ em Portugal”, explicou a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, em declarações aos jornalistas, na Presidência da República, em Maputo.

O chefe de Estado moçambicano recebeu hoje as cartas credenciais dos novos chefes de missões diplomáticas no país do Quénia, Timor-Leste, Trindade e Tobango, Jordânia, Santa Sé e Dinamarca.

O novo embaixador timorense em Maputo é Luís Miguel Lopes de Sousa Sequeira e a chefe da diplomacia moçambicana explicou que o Presidente “enfatizou que os fortes laços de amizade e solidariedade” do passado “das lutas de libertação devem fecundar as relações de cooperação bilateral e multilateral entre Moçambique e Timor-Leste”.

Moçambique e Timor-Leste integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Verónica Macamo explicou ainda que a entrega das cartas credenciais dos novos diplomatas acreditados em Maputo simboliza “claramente o desejo do Governo de Moçambique de aprofundar e fortalecer os laços de amizade, solidariedade e cooperação” com estes países.

O Presidente destacou, segundo Macamo, que “Moçambique e os seis países recém-acreditados comungam de regras que regem a comunidade internacional, assentes no multilateralismo, na busca permanente de paz e segurança internacionais, com o recurso à via pacífica do diálogo e negociações”.

Sublinhou ainda que, segundo Filipe Nyusi, “a amizade e solidariedade dos seis Estados remontam aos primórdios da luta de libertação nacional, pela conquista da independência e liberdade do Moçambique colonizado durante séculos”.

“Manifestou ao alto-comissário de Trindade e Tobago o desejo do Governo moçambicano em cooperar com aquele país na área de hidrocarbonetos, tendo em conta que Trindade e Tobago desenvolveu com sucesso a indústria de petróleo e gás”, disse.

Ao falar com o novo núncio apostólico da Santa Sé em Maputo, Luís Cárdaba, o Presidente moçambicano exaltou a “importante papel desempenhado pela Igreja Católica para o estabelecimento e preservação da paz e harmonia no (…) país” e o seu envolvimento “em atividades de beneficência pública nas áreas de educação, saúde e assistência social”.

PVJ // JMC

By Impala News / Lusa

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