Praças financeiras da China voltam a registar perdas na abertura
As bolsas de valores da China continental e de Hong Kong registaram perdas na abertura, marcadas pelo anúncio de taxas alfandegárias adicionais de 50% sobre os produtos chineses.

Os índices de referência das bolsas de Xangai e Shenzhen caíram 2,31% e 2,58%, respetivamente, poucos minutos após o início das negociações.
O índice de referência da Bolsa de Valores de Xangai desceu cerca de 65 pontos, enquanto o da Bolsa de Valores de Shenzhen desceu cerca de 250 pontos.
As duas bolsas caíram 7,34% e 9,66%, respetivamente, na segunda-feira, na sequência do pacote de contramedidas anunciado na sexta-feira passada pelas autoridades chinesas, que incluiu taxas adicionais de 34% sobre os produtos norte-americanos.
Na terça-feira, as bolsas de Xangai e Shenzhen recuperaram 1,58% e 0,64%, respetivamente, graças aos apoios ao mercado anunciados pelas instituições de investimento estatais chinesas.
O principal índice da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, caiu cerca de 3,24% nos minutos seguintes à abertura, perdendo mais de 600 pontos após os primeiros minutos da sessão, fixando-se abaixo dos 20.000.
O índice sofreu uma queda de 13,2% na segunda-feira devido aos receios de uma recessão global provocada pelas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, embora tenha conseguido recuperar uns ligeiros 1,51% na sessão de terça-feira.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou na terça-feira que as tarifas adicionais de 50% com que Trump ameaçou a China entram hoje em vigor.
A taxa de tributação sobre as importações do país asiático é agora de pelo menos 104%.
Na sexta-feira passada, a China lançou uma bateria de contramedidas às tarifas anunciadas na semana passada por Trump, que já elevaram as taxas sobre os produtos chineses para pelo menos 54%.
As medidas de Pequim incluem taxas de 34% sobre as importações oriundas dos Estados Unidos, sanções a algumas das suas empresas, restrições à exportação de certas terras raras, a suspensão das importações de produtos de frango e sorgo de certas empresas norte-americanas, bem como a abertura de investigações antimonopólio e ‘antidumping’ contra empresas e produtos norte-americanos.
O Ministério do Comércio chinês transmitiu na terça-feira a “firme condenação” à “natureza chantagista” dos Estados Unidos e avisou que o país asiático “lutará até ao fim”.
JPI // CAD
By Impala News / Lusa
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