Presidente considera que são precisos «mais passos» para acelerar crescimento económico
O Presidente da República considerou que Portugal tem de «dar ainda mais passos» para acelerar o crescimento económico
O Presidente da República considerou esta quarta-feira, em Sintra, que Portugal tem de “dar ainda mais passos” para acelerar o crescimento económico, apesar do reconhecimento pela Comissão Europeia da evolução positiva da economia portuguesa.
“É uma boa notícia que Portugal tenha saído do grupo de países de desequilíbrios excessivos, para um outro grupo de países onde se encontram grandes economias europeias. O que significa que passos importantes foram dados”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado, que falava após uma visita ao Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas, no concelho de Sintra, acrescentou sentir, baseado no passado, “um apelo de futuro”: “temos de dar ainda mais passos do ponto de vista económico e financeiro”.
Para o Presidente, “os portugueses têm que ser ambiciosos” e continuar a aprofundar o crescimento económico.
“Temos de olhar para aquilo que em termos estruturais há que fazer. Há que manter o caminho em termos de rigor orçamental, há que manter o caminho e aprofundá-lo em termos de recuperação da descida da nossa dívida pública”, frisou.
No sentido de acelerar o crescimento económico, o país deve “criar condições no domínio do investimento e das exportações” e ainda “olhar para as condicionantes variáveis que permitem esse crescimento e a criação de emprego e mais justiça social”, vincou Marcelo Rebelo de Sousa.
Condicionantes que o chefe de Estado apontou irem “desde as instituições do Estado, a administração pública em geral, o incentivo ao investimento, interno e externo, a racionalidade e o controlo do investimento público”, assim como “um aspeto fundamental que faz a diferença nas sociedades contemporâneas que é a qualificação”, quer no plano profissional, quer no plano pós-graduado.
A Comissão Europeia retirou, esta quarta-feira, Portugal da lista de Estados-membros com “desequilíbrios macroeconómicos excessivos”, por ocasião da adoção do “pacote de inverno de semestre europeu” de coordenação de políticas económicas, considerando agora que o país apresenta apenas “desequilíbrios”.
Bruxelas identificou em novembro passado 12 Estados-membros que considerou merecerem uma “análise aprofundada” devido aos seus desequilíbrios macroeconómicos, e esta quarta-feira retirou da lista a Eslovénia e desagravou o nível de desequilíbrios de outros três, Portugal, França e Bulgária, que passam a ser considerados países simplesmente com “desequilíbrios económicos”.
Para Portugal e Bulgária, a Comissão Europeia sublinha a necessidade de prosseguir esforços complementares com vista a uma “correção sustentável dos desequilíbrios”, pedindo a Lisboa que apresente em abril um Programa Nacional de Reformas “ambicioso”.
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