Presidente da Comissão Europeia apela a cessar-fogo «duradouro» na Síria
Jean-Claude Juncker, apelou a um cessar-fogo «duradouro»na Síria, respeitado por todas as partes e que permita uma «solução política» liderada pela ONU para que a paz no país seja alcançada.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, apelou este sábado a um cessar-fogo «duradouro» na Síria, respeitado por todas as partes e que permita uma” solução política” liderada pela ONU para que a paz no país seja alcançada.
«O uso de armas químicas é inaceitável e deve ser condenado nos seus termos máximos. A comunidade internacional tem de identificar e responsabilizar quem levou a cabo os ataques químicos», afirmou o presidente da Comissão Europeia, em comunicado.
Juncker lembrou que «não é a primeira vez que o regime sírio usa armas químicas contra a população civil, mas deve ser a última».
O presidente da Comissão Europeia reagia assim à ofensiva conjunta de Washington, Londres e Paris contra posições de Bashar al-Assad em retaliação por um alegado ataque químico atribuído ao governo sírio.
Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram hoje uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghuta Oriental, por parte do governo de Bashar al-Assad.
A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.
O presidente dos EUA justificou o ataque como uma resposta à “ação monstruosa” realizada pelo regime de Damasco contra a oposição e prometeu que a operação irá durar “o tempo que for necessário”.
Rússia convoca reunião de emergência
A Rússia anunciou, entretanto, que vai pedir uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU após os ataques ocidentais contra alvos na Síria.
«A Rússia convoca uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU para discutir as ações agressivas dos Estados Unidos e seus aliados», refere em comunicado Moscovo.
Peritos da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) tinham previsto iniciar uma investigação sobre o alegado ataque com armas químicas. A missão recebeu um convite do Governo sírio, sob pressão da comunidade internacional.
Mais de 40 pessoas morreram e 500 foram afetadas no ataque de 7 de abril contra a cidade rebelde de Douma, em Ghuta Oriental, que, segundo organizações não-governamentais no terreno, foi realizado com armas químicas.
A oposição síria e vários países acusam o regime de Al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirmou que o ataque foi encenado com a ajuda de serviços especiais estrangeiros.
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