“Bem-vindo a casa”, escreveu Trump na rede social X, na terça-feira, ao lado de um vídeo que mostra a chegada de Fogel à residência oficial, numa noite de neve na capital norte-americana, Washington.

“Sinto-me o homem mais sortudo do mundo neste momento”, disse Fogel, já no interior da Casa Branca, depois de cumprimentar Trump.

O professor de história norte-americano de 65 anos foi detido em Moscovo pelas autoridades russas, após ter entrado no país com canábis medicinal, tendo sido condenado a 14 anos de prisão em junho de 2022 por tráfico de droga.

“Durante o controlo aduaneiro, foram encontrados na sua bagagem marijuana e óleo de haxixe”, referiram as autoridades, indicando que as drogas estavam “disfarçadas em embalagens de lentes de contacto” e “cartuchos de cigarros eletrónicos”.

“A minha família tem sido uma força [de apoio] … todo o amor que recebi foi o que me sustentou durante três anos e meio na prisão”, disse Fogel, que pendurou uma bandeira norte-americana ao pescoço e agradeceu a Trump e ao secretário de Estado, Marco Rubio.

Trump, por sua vez, disse que “toda a gente conhece o Mark” e que é um “homem muito famoso e está muito feliz hoje [terça-feira]”.

O republicano disse ainda aos jornalistas que falou com o Presidente russo, Vladimir Putin, e que vê a libertação de Fogel como um passo para acabar com a guerra na Ucrânia.

“Penso que pode ser uma parte importante do fim da guerra, e apreciamos o que o Presidente Putin fez”, disse Trump, que se referiu a uma troca “muito justa e razoável” com a Rússia, sem dar mais detalhes.

O Presidente dos Estados Unidos acrescentou que outro norte-americano seria libertado hoje, sem fornecer detalhes. Mas, acrescentou, é alguém “muito especial”.

Horas antes, ao anunciar a libertação de Fogel, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz, salientou que representa um sinal da “boa-fé” da Rússia em negociar o fim da guerra na Ucrânia, iniciada pela invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, um dos objetivos anunciados por Trump.

Durante a campanha eleitoral, o magnata prometeu pôr fim ao conflito no prazo de 24 horas, revendo esta promessa para seis meses após a sua tomada de posse, em 20 de janeiro.

“O Presidente Trump, Steve Witkoff [enviado especial dos EUA para o Médio Oriente] e os conselheiros do Presidente negociaram uma troca que serve como uma demonstração de boa-fé dos russos e um sinal de que estamos a avançar na direção certa para acabar com a brutal e terrível guerra na Ucrânia”, afirmou Waltz.

Segundo o conselheiro de segurança nacional, Trump já negociou a libertação de norte-americanos em todo o mundo desde que assumiu o cargo e “continuará até que todos os norte-americanos detidos sejam devolvidos aos Estados Unidos”.

VQ (JYFR) // CAD

By Impala News / Lusa

Siga a Impala no Instagram