Primeiro-ministro considera “um tiro ao lado” dizer que empresa da família é imobiliária
O primeiro-ministro considerou hoje “despropositado e um tiro ao lado” dizer que a empresa da sua família é uma imobiliária e recusou também que o seu património pessoal possa vir a beneficiar da chamada lei dos solos.
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Na abertura do debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo Chega, no parlamento, Luís Montenegro apresentou detalhes sobre a Spinumviva, empresa da qual foi sócio até junho de 2022 e que agora pertence à sua mulher e aos filhos de ambos e que está na origem do pedido do partido liderado por André Ventura.
Montenegro admitiu que entre o amplo objeto social da empresa, criada em 2021 para o trabalho fora da advocacia “envolvendo toda a família”, se inclui “a gestão e comércio de bens imóveis, arrendamento e outras formas de exploração dos mesmos agrícola, predominantemente vitivinícola.”
“Chamar a isto uma imobiliária é manifestamente despropositado, é manifestamente um tiro ao lado. E mais, entender que deter, direta ou indiretamente, participação nesta sociedade gera conflito de interesses, por si só, é absurdo”, considerou.
Montenegro frisou que “a sociedade não teve nem tem qualquer imóvel” e acrescentou: “Os imóveis que eu próprio tenho, simplesmente não têm em qualquer hipótese de enquadramento nas alterações legais decididas pelo Governo para os solos”, disse.
SMA // JPS
By Impala News / Lusa
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