PSD salienta que negociações com forças de segurança “não estão fechadas” e proposta do Governo “é justa”

O vice-presidente da bancada do PSD António Rodrigues afirmou hoje que as negociações com as forças de segurança “não estão fechadas” e considerou que a proposta do Governo no que toca ao suplemento “é justa”.

PSD salienta que negociações com forças de segurança

“Ao contrário daquilo que fizeram crer, as negociações não estão fechadas, estão marcadas para o próximo dia 09”, afirmou o deputado, indicando que os sindicatos, “de forma responsável, sabem que o que está em cima da mesa não é apenas e só o subsídio de missão, a questão financeira, mas as condições de vida” destes profissionais.

António Rodrigues salientou que a proposta que está em cima da mesa “é justa”, sustentando que “este Governo já pôs em cima da mesa uma proposta que triplica o atual suplemento de missão”.

O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD apontou duras críticas ao Chega e defendeu que este assunto não é uma questão partidária, mas sim “algo que está em plena negociação”.

 E sustentou que o partido liderado por André Ventura convocou este debate porque precisa de “manter a sua popularidade em alta, para recuperar das perdas eleitorais que tem tido”.

Falando especificamente sobre as eleições europeias do último mês, o social-democrata disse que “o desastre foi tão grande que era preciso animar as hostes”.

“A linha vermelha que foi atravessada por um líder partidário de convocar polícias para a rua foi um fracasso”, salientou António Rodrigues, o que mereceu protestos por parte da bancada do Chega.

O deputado do PSD defendeu também que os diplomas em debate, e que serão votados no final da discussão, “são tecnicamente errados e juridicamente injustos”, não tendo “qualquer tipo de lógica, estrutura”, nem “qualquer tipo de capacidade de resolver o problema”, só entrando em vigor a partir do próximo ano.

Na sequência desta intervenção, o líder do Chega assinalou que o seu partido levou a este debate sete iniciativas, enquanto o PSD não incluiu nenhuma.

André Ventura mostrou ainda um recipiente com moedas de cêntimos, que disse que iria enviar para a residência oficial do primeiro-ministro.

Também numa crítica ao Chega, o deputado João Almeida, do CDS-PP, defendeu que “alguém que veste uma farda em nome do país não merece que os políticos se apropriem de si”.

“Muito antes de o Chega existir, já o CDS defendia os polícias”, afirmou, referindo que o seu partido “na governação” vai fazer mais por aquela classe profissional do que aquele partido poderia fazer, numa referência ao secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, que é também vice-presidente do CDS-PP.

Às 16:30, foi aberto o piso superior das galerias da Assembleia da República aos visitantes, algo que não é habitual neste tipo de sessões plenárias. A maior parte do espaço das galerias está já ocupado.

A Assembleia da República debate hoje propostas do Chega, PCP e PAN para atribuir um suplemento remuneratório à PSP e à GNR.

O debate foi agendado pelo Chega, que apresenta quatro projetos de lei e três projetos de resolução (sem força de lei). Também PS, BE, PCP e PAN levam a debate projetos de lei e de resolução, todos relacionados com as forças de segurança.

 

FM/PJA // JPS

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS