Roménia confirma realização de novas eleições presidenciais em maio

O Governo da Roménia confirmou hoje que vai organizar novas eleições presidenciais em maio, após a anulação da primeira votação que decorreu em novembro por suspeitas de interferência da Rússia.

Roménia confirma realização de novas eleições presidenciais em maio

“A legislação que define a data das eleições presidenciais de 2025 foi aprovada”, disse o porta-voz do Governo, Mihai Constantin, confirmando uma proposta anterior que previa a organização da primeira volta do escrutínio presidencial a 04 de maio, com uma possível segunda volta duas semanas depois, no dia 18 de maio.

Na primeira volta das presidenciais romenas realizada em 24 de novembro, o candidato ultranacionalista Calin Georgescu venceu contra todas as probabilidades graças a uma campanha nas redes sociais, alegadamente apoiada pela Rússia, pelo que o sistema judicial romeno decidiu anular todo o processo eleitoral em 06 de dezembro.

Georgescu, a quem as sondagens davam uma intenção de voto de cerca de 6%, venceu a primeira volta das eleições presidenciais de novembro com 23% dos votos, à frente da candidata liberal-nacionalista Elena Lasconi (19%).

Posteriormente, os serviços de informações romenos (SRI) confirmaram que a campanha do candidato pró-russo foi apoiada por uma estratégia de interferência com o “‘modus operandi’ de um ator estatal”, numa alusão à Rússia.

Crítico da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), bem como contrário a qualquer ajuda militar à Ucrânia, Georgescu contestou a anulação do escrutínio e interpôs vários recursos legais, incluindo um junto do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH).

Os incidentes em torno das eleições presidenciais provocaram uma crise institucional no país dos Balcãs e membro da UE onde, nas eleições legislativas, o partido social-democrata (PSD) ganhou, à frente do partido ultranacionalista AUR.

O PSD, liderado pelo primeiro-ministro Marcel Coliacu, está à frente desde finais de dezembro de um executivo de coligação com o partido liberal (PNL), o partido da minoria húngara (UDMR) e o grupo misto das minorias nacionais.

CSR(JSD/JH) // SCA

By Impala News / Lusa

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