Segurança reforçada após manifestações independentistas violentas na Catalunha
As forças da ordem da Catalunha, nordeste de Espanha, anunciaram hoje o reforço da proteção de edifícios governamentais e de figuras políticas e judiciais, após manifestações independentistas com distúrbios.
As forças da ordem da Catalunha, nordeste de Espanha, anunciaram hoje o reforço da proteção de edifícios governamentais e de figuras políticas e judiciais, após manifestações independentistas com distúrbios.
“A partir de hoje (quarta-feira), um novo plano é posto em prática para garantir a segurança e a ordem pública”, declarou uma porta-voz da polícia catalã.
“As medidas de segurança foram reforçadas em torno de pessoas e equipamentos públicos visados por manifestações, ‘grafitis’ ou agressões nos últimos tempos”, acrescentou o delegado do Governo espanhol na Catalunha, Enric Millo.
Os edifícios onde estão instaladas as instituições do Governo central, instituições europeias e os órgãos judiciais serão particularmente protegidas, bem como juízes e procuradores, segundo uma fonte da delegação do Governo na região.
A comunidade autónoma da Catalunha encontra-se sob administração direta do Governo central, em Madrid, desde a tentativa falhada de secessão ocorrida a 27 de outubro do ano passado.
Enric Millo justificou estas medidas com “o aumento da agressividade” observada nas últimas semanas nas manifestações independentistas que se seguiram ao encarceramento de dirigentes separatistas e à detenção do ex-presidente do executivo catalão Carles Puigdemont na Alemanha.
Tais protestos, convocados pelas Comissões de Defesa da República (CDR), grupos separatistas radicais que se disseminaram por toda a região, foram por vezes marcados por confrontos com a polícia.
A 23 e 25 de março, manifestantes tentaram também ocupar a sede da delegação do Governo central na Catalunha, em Barcelona, apesar da forte presença policial.
Os confrontos fizeram uma centena de feridos.
As CDR, que, entre outras ações, cortaram estradas durante as férias da Semana Santa, apelaram em comunicado a uma “Primavera Catalã”, inspirando-se na “Primavera Árabe”, o nome dado à vaga de protestos que abalou o mundo árabe em 2011.
O juiz do Supremo Tribunal encarregado do inquérito sobre o núcleo duro independentista tem também proteção policial desde meados de março, indicou o Ministério do Interior.
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