Senado dos Estados Unidos confirma Pete Hegseth como secretário da Defesa

O Senado norte-americano confirmou a nomeação de Pete Hegseth para secretário da Defesa de Donald Trump, apesar da oposição de todo o campo democrata e de três senadores republicanos.

Senado dos Estados Unidos confirma Pete Hegseth como secretário da Defesa

Jerusalém, 25 jan 2025 (Lusa) — O Senado norte-americano confirmou por pouco, esta sexta-feira, a nomeação de Pete Hegseth para secretário da Defesa de Donald Trump, apesar da oposição de todo o campo democrata e de três senadores republicanos.

A nomeação do antigo major do exército e apresentador da Fox News, de 44 anos, para o Pentágono tinha sido muito contestada pela esquerda, devido a uma acusação de agressão sexual que data de 2017, à falta de experiência e a suspeitas de consumo excessivo de álcool.

Apesar das críticas, a escolha de Donald Trump para chefe do Pentágono, Pete Hegseth, acabou por ser confirmada pelo Senado, como determina a Constituição dos Estados Unidos, que exige que as nomeações de secretários e outros altos funcionários da Administração sejam aí confirmadas por votação.

Apesar de uma maioria republicana de 53 dos 100 lugares na câmara alta do Congresso, o novo vice-presidente, J.D. Vance, teve de se deslocar ao Senado – uma ocorrência rara – para dar o voto decisivo numa votação a 50-50.

Três membros republicanos votaram contra, incluindo, de forma surpreendente, Mitch McConnell, antigo líder republicano. Lisa Murkowski, que também votou contra, tinha dito anteriormente que a nomeação suscitava “preocupações consideráveis” às quais não podia “fechar os olhos”.

A senadora citou também a oposição de Pete Hegseth à presença de mulheres nas tropas de combate, uma posição que o antigo soldado disse entretanto ter revisto.

Pete Hegseth tornou-se conhecido nos Estados Unidos há dez anos como apresentador da Fox News, o canal preferido dos conservadores nos Estados Unidos.

Hegseth vai assumir aos 44 anos a direção de um ministério com um orçamento anual impressionante de 850 mil milhões de dólares e que emprega cerca de três milhões de militares, reservistas e civis.

A sua principal missão, declarou em meados de janeiro, durante a sua audição de confirmação perante uma comissão do Senado, será “trazer de volta a cultura do guerreiro” ao Pentágono, que quer reformar por completo, por considerar ter-se tornado demasiado esquerdista na ideologia.

O anúncio da nomeação de Pete Hegseth, em novembro, provocou protestos da oposição. Os senadores democratas interrogaram-no no Comité das Forças Armadas sobre uma acusação de agressão sexual, que remonta a 2017 na Califórnia.

O ex-soldado, que nega qualquer relação não consensual, chegou a um acordo financeiro de 50 mil dólares, alguns anos mais tarde, com a mulher que o acusou, para evitar qualquer ação judicial.

Os deputados da oposição também criticaram a falta de experiência de Hegseth na gestão de uma pasta tão importante e nas suas posições em relação às mulheres nas forças armadas.

Finalmente, Pete Hegseth é também suspeito de beber regularmente em excesso. “Um dos seus colegas disse que estava tão bêbado num evento num bar que cantou ‘Kill all Muslims'”, ilustrou a senadora democrata Elizabeth Warren durante a audiência.

Apesar da polémica, Donald Trump manteve a escolha e mais uma vez, esta sexta-feira, descreveu-o como um “bom homem”.

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By Impala News / Lusa

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