Sindicato da Construção quer «reunião urgente» com patronato para debater salários
O Sindicato da Construção quer uma “reunião urgente” com a confederação da construção e do imobiliário para debater um aumento dos salários no setor e o arranque de grandes obras de infraestruturas que permitam relançar a atividade.
O Sindicato da Construção quer uma “reunião urgente” com a confederação da construção e do imobiliário para debater um aumento dos salários no setor e o arranque de grandes obras de infraestruturas que permitam relançar a atividade.
“É notório o grande número de obras em curso por todo o país e outras poderão arrancar se efetivamente forem tomadas medidas, o que passa por valorizar profissionalmente todos os trabalhadores, do menos qualificado ao mais qualificado”, sustenta o presidente do sindicato em comunicado hoje divulgado.
Recordando ter sido já “reconhecido pelo primeiro-ministro, pela sociedade em geral e pelas associações patronais do setor” a “importância que está a ter a construção” na retoma do crescimento económico, Albano Ribeiro garante que o setor poderá ainda “contribuir muito mais para o aumento do crescimento da economia nacional com as obras de infraestruturas que o Governo anunciou”.
“A economia pode crescer muito mais e, logo, gerar mais riqueza, mas é necessário tomar medidas urgentemente para que isso se concretize”, sustenta.
De acordo com o dirigente sindical, com uma melhoria das condições de trabalho no setor, nomeadamente ao nível dos salários, “é possível estancar a mobilidade de trabalhadores” portugueses da construção para o estrangeiro e assegurar “o regresso de milhares” que abandonaram o país durante os anos da crise.
Contudo, destaca, atualmente “grande parte dos salários praticados no setor não são apelativos” para estes trabalhadores, que em Portugal têm ordenados de 600 euros (no caso dos operários qualificados), mas, por exemplo, a trabalharem para o metro de Riade, na Arábia Saudita, auferem “cerca de 3.000 euros por mês”.
Segundo Albano Ribeiro, “com os atuais salários praticados em grande parte do setor, os trabalhadores da construção no desemprego ganham mais do que a trabalhar”.
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