Suécia anuncia cerca de 28.000 ME suplementares para a Defesa nos próximos 10 anos
O Governo da Suécia anunciou hoje que vai aumentar as despesas com a Defesa em 300.000 milhões de coroas (cerca de 28.000 milhões de euros) nos próximos 10 anos.

O objetivo é, segundo Estocolmo, atingir 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2030, contra os atuais 2,4%.
O investimento será financiado por empréstimos e representa “o maior rearmamento desde a Guerra Fria”, declarou o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, numa conferência de imprensa, sublinhando que o orçamento segue, assim, o caminho dos novos objetivos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
“Estamos numa situação de segurança completamente nova e as inseguranças serão grandes durante muito tempo”, disse Kristersson, que falou do “maior rearmamento desde a Guerra Fria”, referindo-se ao investimento hoje anunciado.
A medida é o resultado de um acordo entre o governo de direita, liderado pelo conservador Kristersson, e o partido de extrema-direita Democratas da Suécia, de Jimmie Åkesson, que se perfila como nacionalista de extrema-direita, social-conservador, contra a imigração e contra a União Europeia, mas que garante aos conservadores suecos uma maioria no parlamento.
Durante a apresentação, o Governo anunciou também um pacote de 96 milhões de coroas suecas (quase nove milhões de euros) para a luta contra as ameaças híbridas.
“A rutura do cabo no Mar Báltico mostrou como é importante ter uma presença marítima numa zona cinzenta entre a paz e a guerra”, disse, por sua vez, a ministra da Energia sueca, Ebba Busch.
Vários cabos de comunicação foram danificados nos últimos meses no Báltico, motivando investigações na Suécia, Finlândia, Lituânia e Letónia.
Após décadas de neutralidade, a Suécia decidiu candidatar-se à NATO depois da invasão russa da Ucrânia. Tornou-se membro da Aliança Atlântico em março de 2024.
JSD // SCA
By Impala News / Lusa
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