Tancos: Parlamento marca debate em Comissão Permanente para depois das eleições

A conferência de líderes marcou o debate pedido pelo PSD sobre Tancos em Comissão Permanente da Assembleia da República para a próxima quarta-feira, já depois das eleições.

Tancos: Parlamento marca debate em Comissão Permanente para depois das eleições

A conferência de líderes parlamentares marcou o debate pedido pelo PSD sobre Tancos em Comissão Permanente da Assembleia da República para a próxima quarta-feira, já depois das eleições legislativas de domingo. Esta decisão foi anunciada na Assembleia da República aos jornalistas pelo líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, que protestou por este debate não ocorrer ainda durante a campanha eleitoral, atribuindo a decisão à “maioria do costume”, PS, PCP, BE e PEV.

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Debate sobre Tancos foi pedido pelo PSD

Em seguida, a deputada do PEV Heloísa Apolónia adiantou que a data de quarta-feira foi sugerida pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e que apenas PSD e CDS-PP se opuseram a essa data.

Esta reunião extraordinária da conferência de líderes foi marcada para as 11:30 de hoje pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, tendo como “ponto único” na agenda de trabalhos a “apreciação do requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do PSD”. A Comissão Permanente funciona fora do período de funcionamento efetivo da Assembleia da República, com uma composição proporcional à representatividade dos grupos parlamentares.

O PSD requereu na segunda-feira ao presidente da Assembleia da República uma reunião “com caráter de urgência” da conferência de líderes para se marcar um debate sobre Tancos em Comissão Permanente, invocando uma “suspeita da conivência do primeiro-ministro”.

No requerimento dirigido a Eduardo Ferro Rodrigues, os sociais-democratas escrevem que a acusação do Ministério Público no processo de Tancos “afeta diretamente um ex-membro do atual Governo, pondo a nu a existência de condutas extremamente graves no exercício dessas funções políticas que colidem com o compromisso assumido perante todos os portugueses de exercer com lealdade as funções que lhe foram confiadas”.

“É pouco crível que o ex-ministro da Defesa Nacional [Azeredo Lopes] não se tenha articulado, sobre este processo, com o responsável máximo do Governo, quando é público que o fez com um deputado do PS, o que levanta a suspeita da conivência do primeiro-ministro”, acrescentam os sociais-democratas.

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