Televisão russa diz que ciberataques perturbaram emissão de Putin

Vários “fortes ciberataques” perturbaram hoje a sessão televisiva de perguntas e respostas do Presidente russo, Vladimir Putin, com a população, afirmou a estação televisiva pública Rossia 24, que estava a transmiti-la em direto.

Televisão russa diz que ciberataques perturbaram emissão de Putin

Vários “fortes ciberataques” perturbaram hoje a sessão televisiva de perguntas e respostas do Presidente russo, Vladimir Putin, com a população, afirmou a estação televisiva pública Rossia 24, que estava a transmiti-la em direto.

As intervenções de cidadãos russos por videoconferência das diferentes regiões da Rússia sofreram interrupções regulares, mas, segundo a estação, isso não se deveu à má qualidade das ligações.

“Os nossos sistemas digitais estão, neste momento, a ser alvo de fortes ataques DDoS”, afirmou uma apresentadora da Rossia 24, explicando a Vladimir Putin as razões da má qualidade da comunicação.

“Não é uma piada? É a sério?”, reagiu o Presidente russo.

“É mesmo a sério”, respondeu a apresentadora.

Os ataques por negação de serviço (DDoS) consistem no envio de uma quantidade enorme de dados para um servidor para o deixar inoperacional.

Uma das principais operadoras de telecomunicações russas, a Rostelekom, assegurou, em seguida, às agências noticiosas russas que tinham sido tomadas “medidas operacionais para bloquear essas atividades ilegítimas”.

A origem dos ataques é, por enquanto, desconhecida, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência noticiosa pública RIA Novosti.

As acusações de ataques informáticos estão no centro de tensões entre a Rússia e os países ocidentais, nomeadamente os Estados Unidos.

Washington acusa regularmente os serviços secretos russos ou grupos criminosos que agem em seu nome de procederem a ataques informáticos ou a campanhas de desinformação ‘online’, em particular para se ingerirem nas eleições norte-americanas e chantagearem empresas em troca de resgate.

A Rússia afirma, por seu lado, ser vítima de ciberataques norte-americanos e garante querer “um acordo global” para limitar o uso de armas informáticas.

 

 

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