Trabalhadores da Medway em greve na 6.º feira pela reabertura da negociação salarial

Os trabalhadores da Medway cumprem na sexta-feira um dia de greve, para exigir a reabertura da negociação e valorização salarial, com os sindicatos a antecipar apenas a realização dos serviços mínimos de transporte ferroviário de mercadorias perecíveis e perigosas.

Trabalhadores da Medway em greve na 6.º feira pela reabertura da negociação salarial

A paralisação foi convocada pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações/Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF/Fectrans), Sindicato Nacional Democrático dos Ferroviários (Sindefer), Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFA), Sindicato Independente dos Operadores Ferroviários e Afins (Siofa) e o Sindicato Nacional Ferroviário do Pessoal de Trens (SITRENS).

Os trabalhadores exigem a reabertura da negociação coletiva, quanto à revisão das remunerações para 2025, o início da revisão global do Acordo de Empresa e a valorização dos salários de todos os trabalhadores, entre outras reivindicações.

Em declarações à Lusa, Abílio Carvalho, da Fectrans, acusou a empresa de “intransigência” em fechar um acordo para aumentos de 4% este ano, sem negociação nem acordo dos sindicatos.

O sindicalista explicou que o principal motivo da greve é mesmo a questão salarial, considerando que a empresa de transporte ferroviário de mercadorias não assumiu um salário justo para 2025 e que “é pior de ano para ano”.

Os sindicatos acreditam que a paralisação vai ter forte adesão dos trabalhadores e que deverão ser apenas realizados os serviços mínimos definidos pelo Conselho Económico e Social (CES), ou seja, cerca de uma dezena de comboios de transporte de mercadorias perecíveis e de matérias perigosas, como produtos alimentares, medicamentos, gás natural líquido, ou amoníaco.

Segundo o acórdão dos serviços mínimos publicado pelo CES, em dia normal de operação, são realizados cerca de 120 comboios de transporte de mercadorias, cumprindo aproximadamente 150 serviços (diversos serviços são assegurados pelo mesmo comboio).

As estruturas representativas dos trabalhadores tinham já manifestado, em comunicado, “toda a disponibilidade para reunir e discutir soluções para cada um dos pontos que constam nas reivindicações”, mas, se a administração continuasse “numa posição de falta de bom senso”, teria como resposta a concretização do pré-aviso de greve.

MPE // CSJ

By Impala News / Lusa

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