Trump ameaça huthis com “aniquilação total” se continuarem ataques
O Presidente norte-americano, Donald Trump, insistiu hoje que o Irão deve parar de imediato o seu apoio aos huthis, e não apenas reduzi-lo, e afirmou que os rebeldes iemenitas serão “completamente aniquilados” se não cessarem os seus ataques.

O líder da Casa Branca assinalou, na sua plataforma Truth Social, que “danos tremendos” já foram infligidos aos huthis e avisou que “a situação irá piorar progressivamente”, referindo-se aos ataques de Washington nos últimos dias contra o grupo apoiado por Teerão.
“Nem sequer é uma luta justa, e nunca será. Serão completamente aniquilados!”, advertiu.
Donald Trump acrescentou que, embora “haja notícias de que o Irão reduziu o seu fornecimento de equipamento militar e o apoio geral aos huthis”, o regime iraniano “ainda está a enviar grandes quantidades de mantimentos” ao grupo armado que controla parte do Iémen, incluindo a capital, Sanaa.
“O Irão deve parar de enviar estes fornecimentos imediatamente. Deixem os huthis defenderem-se sozinhos”, declarou.
Os Estados Unidos lançaram uma série de ataques aéreos no fim de semana contra várias cidades controladas pelos rebeldes xiitas huthis no norte e centro do Iémen e em Sanaa.
Estes bombardeamentos, que segundo os rebeldes fizeram cerca de 50 mortos, foram ordenados por Trump para travar a ameaça dos huthis e os seus ataques contra o transporte marítimo e o comércio internacional no Mar Vermelho e Mar Arábico.
Os rebeldes iemenitas anunciaram na semana passada que iriam retomar as operações militares ?contra navios israelitas ou ligados a Israel em apoio as grupo islamita palestiniano Hamas no conflito na Faixa de Gaza.
Trump, cujo governo classifica os huthis como um grupo terrorista, disse recentemente que podem esperar “o inferno” se não pararem de ameaçar o transporte marítimo internacional.
O Presidente dos Estados Unidos já tinha avisado o Irão, na segunda-feira, que será “considerado responsável” por qualquer novo ataque dos huthis, após o movimento iemenita reivindicar uma ação armada contra um porta-aviões norte-americano no Mar Vermelho.
“Cada tiro disparado pelos huthis será considerado, a partir de agora, como um tiro disparado por armas iranianas e pelos líderes iranianos, e o Irão será responsabilizado e sofrerá as consequências. E serão terríveis”, escreveu na altura o líder da Casa Branca na plataforma Truth Social.
Trump chamou aos rebeldes “gangsters e bandidos sinistros” que são “odiados pelo povo iemenita”, argumentando que os seus ataques foram criados pelo Irão.
O Presidente norte-americano acrescentou que Teerão tem sido uma “vítima inocente” de “terroristas desonestos”, que já não controla, mas que continuam dependentes de Teerão.
Os huthis, que controlam a capital e outras regiões no norte e oeste do Iémen desde 2015, começaram a atacar há mais de um ano território israelita e navios ligados ao país com ‘drones’ e mísseis nas águas do Mar Vermelho e do Golfo de Aden, alegando agir em solidariedade com o Hamas, em guerra com Israel desde outubro de 2023.
Israel tem respondido com vários ataques aéreos contra o Iémen, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido também realizaram bombardeamentos contra o país, argumentando que estão a proteger a navegação numa região vital para o comércio mundial.
Os rebeldes iemenitas ameaçaram continuar as suas operações até que Israel termine a sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza.
HB // SCA
By Impala News / Lusa
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