Trump avisa países que negociar com Irão é arriscar comércio com EUA
O Presidente norte-americano avisou hoje novamente os países que façam negócios com o Irão de que arriscam o comércio com os EUA após a reposição de sanções norte-americanas.
“As sanções contra o Irão estão oficialmente em vigor. São as sanções mais duras já impostas e em novembro vão aumentar para um outro nível”, escreveu Trump na rede social Twitter.
“Quem fizer negócios com o Irão NÃO fará negócios com os Estados Unidos. Peço a PAZ MUNDIAL, nada menos”, adiantou.
Trump assinou na segunda-feira a ordem executiva que prevê a reposição de várias sanções contra o Irão, afirmando que o objetivo político de Washington é impor uma “máxima pressão económica” sobre Teerão.
As sanções económicas norte-americanas contra o Irão tinham sido levantadas após o acordo histórico sobre o nuclear concluído em 2015 com as grandes potências e do qual os Estados Unidos se retiraram em maio.
A primeira vaga de sanções de Washington a Teerão, que entraram em vigor às 05:00 de Lisboa, visa as transações financeiras e as importações de matérias primas, incluindo ainda medidas contra compras no setor automóvel e aviação comercial.
Em novembro, uma segunda série de medidas afetará o setor do petróleo e do gás, vital para o Irão, assim como o Banco Central.
As sanções deverão ter um peso significativo numa economia em dificuldades, com um desemprego e uma inflação altos. O rial iraniano caiu e perdeu quase dois terços do seu valor em seis meses.
O acordo nuclear foi assinado em 2015 entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Reino Unido, França, Rússia, China – mais a Alemanha).
À exceção de Washington, os restantes países continuam comprometidos com o protocolo, que previa o congelamento do programa nuclear iraniano em troca do levantamento de sanções económicas.
Trump reiterou na segunda-feira que o acordo de 2015 foi “horrível e unilateral”, salientando que acabou por proporcionar ao governo iraniano o dinheiro necessário para promover um clima de conflito no Médio Oriente.
Reafirmou igualmente a sua disponibilidade para negociar um novo acordo com o Irão, “mais amplo”, que não se limite ao programa nuclear.
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