Ucrânia: Bruxelas acolhe hoje reuniões de chefes de diplomacia da NATO e da UE
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO e da União Europeia (UE) encontram-se hoje em Bruxelas em reuniões extraordinárias, ambas em formatos alargados, para discutir a guerra em curso na Ucrânia, ao nono dia da ofensiva militar russa.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, estará presente nas duas reuniões. Nas quais Portugal vai estar representado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. De manhã, a partir das 10h locais (09h de Lisboa), terá lugar no quartel-general da NATO uma reunião extraordinária do Conselho do Atlântico Norte, o principal organismo de decisão política da organização. No qual cada país membro tem assento, ao nível dos chefes de diplomacia. A reunião, presencial e a ser presidida pelo secretário-geral, Jens Stoltenberg, será alargada aos chefes de diplomacia da Suécia, Finlândia e UE, revelou na quinta-feira a Aliança.
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Na passada terça-feira, durante uma visita à Polónia, Stoltenberg acusou o Presidente russo, Vladimir Putin, de ter destruído a paz na Europa. Mas disse que a Aliança não vê necessidade de alterar o seu nível de alerta de armas nucleares. Apesar das ameaças do governante. “Faremos sempre o que for preciso para proteger e defender os nossos aliados. Mas não pensamos que haja qualquer necessidade agora de alterar os níveis de alerta das forças nucleares da NATO”, disse Stoltenberg. A partir das 15h40 locais (14h40 de Lisboa), os chefes de diplomacia dos 27 reúnem-se naquele que é o quinto Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE no espaço de pouco mais de uma semana, também em formato alargado.
“Faremos sempre o que for preciso para proteger e defender os nossos aliados”
Esta reunião foi convocada na quarta-feira pelo Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell. Que convidou para o encontro homólogos de países aliados e o ministro ucraniano, Dmytro Kuleba, que participará por videoconferência. Além dos 27, participarão então no encontro Kuleba, Blinken. E ainda os chefes da diplomacia do Reino Unido, Liz Truss, e do Canadá, Melanie Joly, além do secretário-geral da NATO.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia. Com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países. Putin justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho. Afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender. E garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional. A União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia. E o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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