Centenas manifestam-se em Madrid contra “guerra de Putin” na Ucrânia

Centenas de pessoas manifestaram-se hoje em Madrid para pedir a paz na Ucrânia e rejeitar “a guerra de Putin”, numa mobilização convocada pelo Movimento pela Paz e pelos sindicatos UGT E CCOO, que foi apoiada por representantes políticos da esquerda.

Centenas manifestam-se em Madrid contra

A marcha, que juntou cerca de 800 pessoas, começou no Círculo das Bellas Artes e desceu pela Calle Alcalá até chegar à Puerta del Sol. Ao longo da marcha, que decorreu sem incidentes, os participantes ouviram e cantaram canções como “Canto à liberdade”, de José Antonio Labordeta, e “Have you ever seen the rain”, dos Creedence Clearwater Revival, enquanto agitavam panos e cartazes em que se pedia a paz e se condenava a invasão russa da Ucrânia. Francisca Sahuquillo, presidente honorária do Movimento pela Paz – uma das entidades que convocou a marcha -, disse aos jornalistas que a sociedade civil “terá de fazer o que não foi feito na diplomacia preventiva”, e destacou que o motivo da mobilização é que a guerra “pare” e depois se discuta “que tipo de Europa se pretende”.

Também pode interessar-lhe ler
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prorrogou hoje a lei marcial no país por 30 dias, a partir de 26 de março, devido à continuação da guerra com a Rússia, noticiou a agência Ukrinform (… continue a ler aqui)

“O povo de Madrid tem de dizer que esta guerra tem de parar, que já obrigou mais de dois milhões de ucranianos a deixarem o seu país. As suas cidades estão a ser destruídas”, salientou. Por seu lado, Jesús Gallego, secretário de Relações Internacionais da UGT, lamentou que a classe trabalhadora ucraniana seja “quem está a pagar as primeiras consequências” da guerra, e saudou o papel dos cidadãos russos que se manifestam “contra essa invasão ilegal”. “Os restantes trabalhadores da Europa também vão pagar as consequências de uma guerra que não é para a classe trabalhadora”, criticou. Na mesma linha, Carmen Vidal, secretária de Participação Institucional do CCOO, considerou “inadmissível” a “agressão” da Rússia contra a Ucrânia e também demonstrou apoio ao povo russo, que sofre “feroz repressão” por parte do regime do Presidente Vladimir Putin.

Vidal também defendeu a “via diplomática” como solução para o conflito e instou a União Europeia a entrar na negociação. A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 25.º dia, provocou um número ainda por determinar de baixas civis e militares, assim como mais de 3,3 milhões de refugiados. A ONU considera que se trata da pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Impala Instagram


RELACIONADOS